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MP diz que superlotação de presídios em Bangu contribui para falta de água

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 09/01/2017 - 20:25
Rio de Janeiro

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) informou hoje (9) que está acompanhando o problema de abastecimento de água no Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu), na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. O MP apurou junto à Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), responsável pelo abastecimento do Grande Rio, e à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, que o problema se deve ao aumento do consumo de água na região do complexo e à perda de pressão do sistema, que, segundo a Cedae, deve-se a uma tentativa de furto que provocou um vazamento na adutora da região.

De acordo com o MP, o problema é ampliado devido à superlotação do sistema penitenciário. No Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, por exemplo, a água é dimensionada para atender a 1.699 presos, mas há cerca de 3,5 mil detentos atualmente na unidade, o que faz com que cada interno tenha que se virar com menos da metade do volume de água que seria adequado. Além disso, segundo o MP, é preciso ampliar a capacidade de armazenamento de água nas mais de 20 unidades do complexo, fazer uma melhor conservação das redes internas do presídio e adotar medidas para o uso racional de água pelos detentos.

Por meio de nota, a Secretaria de Administração Penitenciária disse que está tentando contornar o problema com o envio de carros-pipa para a unidade. A Cedae, por sua vez, informou que uma nova rede de abastecimento foi implantada para reforçar o atendimento ao complexo prisional. A nova rede entrará em operação ainda esta semana, segundo a companhia.