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Presos voltam a entrar em confronto em Alcaçuz, no Rio Grande do Norte

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/01/2017 - 12:13
Brasília
Detentos entram em confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte
© Andressa Anholete/AFP/Direitos Reservados
Detentos entram em confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte

Detentos entram em confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte Andressa Anholete/AFP/Direitos Reservados 

Detentos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Natal (RN), voltaram a entrar em confronto na manhã de hoje (19). As cenas de um combate de grandes proporções estão sendo transmitidas ao vivo pela TV. Pelo quinto dia consecutivo, os detentos voltaram a subir nos telhados dos pavilhões e a se espalhar pelo pátio do estabelecimento. De sábado para domingo, a unidade foi palco de uma rebelião que deixou pelo menos 26 mortos.

Integrantes de facções rivais se enfrentam enquanto, do lado externo dos muros, policiais militares e agentes penitenciários tentam retomar o controle da situação e evitar uma nova chacina. Viaturas da Polícia Militar fazem a ronda ao redor do perímetro externo da penitenciária e helicópteros sobrevoam o local. Balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas das guaritas de vigilância instaladas nas muralhas da penitenciária.

Grupos de presos foram filmados transportando em carrinhos de mão alguns detentos feridos. É possível ver fumaça saindo de pavilhões da penitenciária. 

Detentos entram em confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte

Detentos entram em confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte Andressa Anholete/AFP/Direitos Reservados 

Desde o último final de semana, unidades prisionais do Rio Grande do Norte são palco de confrontos e ameaças entre presos membros de facções criminosas rivais. De sábado para domingo, pelo menos 26 presos que cumpriam pena na Penitenciária Estadual de Alcaçuz foram assassinados por outros detentos durante uma rebelião de mais de 14 horas de duração. Desde então, presos circulam livremente pelo pátio da unidade, levando facas, barras de ferro e paus. As autoridades estaduais de segurança pública desconfiam que o número de mortos no confronto entre presos pode ser maior e que corpos podem ter sido jogados em fossas de esgoto na área interna do presídio.

O governo do Rio Grande do Norte pediu ao governo federal o envio de equipes das Forças Armadas para auxiliar as forças locais a inspecionarem o interior dos presídios estaduais em busca de armas, aparelhos celulares, drogas e outros produtos e substâncias proibidas. Tropas da Força Nacional de Segurança Pública também já atuam no estado desde setembro do ano passado, auxiliando a Polícia Militar no policiamento ostensivo.

Segundo as secretarias da Justiça e da Cidadania (Sejuc) e da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), reforços policiais já estão se deslocando para o local. Parte do efetivo que vinha atuando na penitenciária nos últimos dias teve que ser remanejado ontem, quando uma onda de ataques a ônibus, viaturas e prédios públicos foi registrada em Natal e outras cidades do interior do Rio Grande do Norte.