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Confronto no Rio deixa sete feridos e agências bancárias incendiadas

Felippe Flehr*
Publicado em 10/02/2017 - 11:54
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Confronto durante manifestação de funcionários da Cedae e servidores de outras categorias nas ruas em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) (Fernando Frazão/Agência Brasil)
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro - Loja foi saqueada e agências bancárias quebradas após confronto na manifestação de servidores da Alerj (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Durante o protesto, lojas foram saquedas e agências bancárias, quebradas Fernando Frazão/Agência Brasil

Os protestos de ontem (9) de servidores estaduais e manifestantes mascarados contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), que está em discussão na Assembleia Legislativa do estado, deixaram saldo de destruição no centro da cidade, próximo à Alerj, além de sete pessoas feridas: seis policiais e um jovem de 18 anos.

A Polícia Militar (PM) apreendeu uma grande quantidade de rojões atirados por manifestantes contra os militares, dos quais seis ficaram feridos. Todos foram encaminhados ao Hospital Central da Polícia MIlitar, onde foram socorridos e passam bem. Em resposta, a PM usou balas de borracha e spray de pimenta.

Um estudante de 18 anos foi atingido no abdômen por uma bala de borracha. Ele teve que ser operado às pressas no Hospital Municipal Souza Aguiar na noite de ontem (9). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o jovem está bem, e seu estado de saúde é estável.

Cedae

A aprovação do Projeto de Lei 2.345/17, que autoriza a venda da Cedae à iniciativa privada, é condição da União para assinar um plano de recuperação com o estado do Rio e servirá de garantia para a concessão de um empréstimo de R$ 3,5 bilhões.

Contrários à aprovação, servidores estaduais se manifestam desde a última terça-feira (7). Ontem ((9), por volta das 15h40, alguns manifestantes mascarados entraram em confronto com a Polícia Militar. O grupo atirou rojões, pedras e coquetéis molotov nos policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo, tiros de balas de borracha e spray de pimenta.

Rio de Janeiro - Manifestantes e policiais entram em confronto nas ruas em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Manifestante leva rojões durante protesto contra a privatização da Cedae Fernando Frazão/Agência Brasil

Rojão

Por meio do Twitter, a Polícia Militar lembrou o caso do cinegrafista Santiago Andrade, morto em 2014 após o disparo de um artefato do mesmo tipo. “Bastou um rojão pra matar o cinegrafista Santiago Andrade, há três anos. Policiais apreenderam grande número de rojões nos arredores da Alerj”, dizia o texto.

Na região central do Rio, também foram incendiadas duas agências bancárias em ruas próximas ao Palácio Tiradentes.

A Polícia Militar informou que reprimiu a ação com armamento de baixa letalidade para preservar a integridade dos policiais militares e restabelecer a ordem no local.