MPSP denuncia 11 pessoas por furtos de R$ 30 milhões a Fundação Butantan
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou 11 funcionários da Fundação Butantan por furtos à instituição ao longo de quatro anos.
“Trata-se de denúncia em razão da prática de 340 furtos contra a Fundação Butantan, cometidos entre 2005 e 2008, com subtrações de expressivos valores, que totalizaram ao menos R$ 33.486.397,06 em valores nominais da época. Se houver atualização monetária, essa quantia certamente atingirá uma centena de milhões de reais”, disse o MPSP em nota.
A denúncia também cita o crime de uso de documento falso para abertura de conta bancária para operacionalizar maior volume de furtos. Com as quebras de sigilo bancário autorizadas pela Justiça, o Gaeco conseguiu verificar que grande parte do dinheiro subtraído da fundação se destinava às pessoas que foram denunciadas.
A Fundação Butantan é responsável pela obtenção verbas públicas para que o Instituto Butantana produza imunobiológicos, soros, vacinas e outros produtos relacionados à saúde da população e à produção científica.
A Fundação Butantan informou, em nota, que na época dos desvios o diretor-presidente da instituição era Isaias Raw. “Elas [denúncias] se referem a um caso ocorrido na fundação que precedeu a crise de 2009, encerrada com a chegada do professor Kalil, em 2011”, disse.
Matéria atualizada às 19h37 para acréscimo da posição da Fundação Butantan