Apesar da chuva, milhares de fiéis homenageiam São Jorge no Rio de Janeiro
![Tânia Rêgo/Agência Brasil Rio de Janeiro - Fieis homenageiam São Jorge durante celebração em um palco montado na Avenida Presidente Vargas, próximo à Igreja de São Jorge, no centro da cidade (Tânia Rêgo/Agência Brasil)](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
Milhares de fiéis visitam esta manhã a Igreja de São Jorge, no centro do Rio de Janeiro, para prestar homenagens ao santo, apesar da chuva na cidade. Popular tanto entre católicos quanto entre umbandistas, São Jorge é um dos símbolos do sincretismo religioso no Brasil.
No Rio de Janeiro, a popularidade do santo é tamanha que, em 2001, a Câmara Municipal tornou o 23 de abril, dia do santo, um feriado municipal. Em 2008, foi a vez da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) tornar o feriado estadual.
![Rio de Janeiro - Fieis homenageiam São Jorge durante celebração em um palco montado na Avenida Presidente Vargas, próximo à Igreja de São Jorge, no centro da cidade (Tânia Rêgo/Agência Brasil)](/sites/default/files/atoms/image/1073907-tnrgo_abr_23.04.2017-2699.jpg)
Fieis homenageiam São Jorge durante celebração em um palco montado na Avenida Presidente Vargas, próximo à Igreja de São Jorge, no centro da cidade
As missas de hoje começaram às 5h. Até as 16h, haverá celebrações, de hora em hora, em um palco montado na Avenida Presidente Vargas, próximo à igreja. A última missa, já dentro da igreja, está prevista para as 20h. A expectativa da Igreja de São Gonçalo Garcia e São Jorge (nome oficial da paróquia) é que pelo menos 180 mil pessoas passem pelo local hoje.
Segundo o capelão da igreja, Padre Éfren Afonso, São Jorge é, junto com São Sebastião, o santo mais popular entre os cariocas. Segundo ele, o fato do santo, que na umbanda é conhecido como Ogum, atrair pessoas de outras religiões só reforça a união entre as pessoas. “A gente tem que entender que Deus é um só e vem para todos. E isso reforça a união entre nós porque haverá um só rebanho e um só pastor.”
Dona Maria José Araújo, de 90 anos, é católica e participa das celebrações a São Jorge há mais de 60 anos. Ela considera importante haver espaço para todas as religiões. “Meu marido, que era baiano, era da umbanda. E eu acompanhava ele [nos cultos]. Todo domingo eu vou à missa, mas quando tem um culto de umbanda, eu assisto”, disse.
Sônia Maria, de 67 anos, aproveitava um batuque em homenagem ao santo, em um bar na esquina próximo à igreja. “Eu sou católica e umbandista. São Jorge é o símbolo dessa união. É o santo guerreiro.”
Na Igreja Matriz de São Jorge, em Quintino, na zona norte do Rio, a movimentação deve ser ainda maior. No ano passado, 500 mil fiéis passaram pelo local no dia do santo.
Acredita-se que São Jorge tenha sido um soldado romano da guarda de Diocleciano que teria se recusado a perseguir cristãos no século IV e acabou sendo morto por causa disso. Sua vida é envolta em lendas, como a de que teria matado um dragão. Como ele teria vivido antes da separação das igrejas cristãs, é venerado não só na Igreja Católica, como também na Igreja Anglicana e na Igreja Ortodoxa.
![Marcello Casal jr/Agência Brasil Acesso internet celular. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
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