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Sindicato cobra ação após morte de mulher em posto de gasolina no estado do Rio

Douglas Correa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 10/04/2017 - 13:50
Rio de Janeiro

O Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Niterói e Região (Sinpospetro-Niterói), que envolve 450 postos de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Araruama e Iguaba Grande, no estado do Rio de Janeiro, informou que vai entrar ainda hoje (10) com ação no Ministério Público do Trabalho de Niterói contra o Posto Osório, no bairro Colubandê, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio.

A entidade pedirá a realização de curso de capacitação, previsto na Norma Regulamentadora (NR) nº 20, para os empregados do posto e a manutenção das instalações de distribuição de combustíveis da empresa.

O presidente e o diretor do sindicato, Alex Silva e Lucas Barbosa, respectivamente, visitaram o posto neste fim de semana, após acidente que matou, no sábado (8), Érica Lima e feriu o motorista Jorge Siqueira e um frentista. Outro frentista está em estado de choque, após uma explosão na bomba de combustível. A rede de Postos Osório já teve cinco acidentes nas bombas de combustíveis, disse Alex.

O sindicato informou, também, que já fez denúncias anteriores contra o posto, tanto no Ministério Público do Trabalho quanto no Ministério do Trabalho, pedindo cursos de qualificação dos trabalhadores, conforme estabelece a NR 20, que define os requisitos mínimos para a gestão de segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes com extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.

Riscos iminentes

Segundo o presidente do sindicato, além de ainda não terem tido curso de capacitação para aprender como agir em com tais circunstâmcoas, os empregados trabalham sem equipamentos de proteção. “Na visita que fizemos neste fim de semana, nós nos surpreendemos com um frentista sem camisa, limpando as canaletas da tubulação de GNV [Gás Natural Veicular] do posto, uma função que não lhe cabia.”

Alex Silva acrescentou que, por não terem feito o curso de capacitação, "os profissionais não sabem lidar com esse tipo de situação. A responsabilidade de contratação de uma empresa para qualificar os empregados é dos donos dos postos de combustíveis, eles não estão cumprindo a determinação trabalhista", afirmou.

O acidente foi na noite de sábado, às 21h30. O botijão de GNV explodiu quando Jorge Siqueira abastecia o carro e conversava, do lado de fora, mas perto do veículo, com Érica Lima,de  27 anos, que aguardava no banco do carona. “As causas do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil, mas o vídeo do momento do acidente mostra claramente que recomendações de segurança não foram observadas”, disse Silva.