Mãe e filha morrem atingidas por balas perdidas no morro da Mangueira
Duas moradoras da comunidade do Morro da Mangueira, mãe e filha, foram atingidas por balas perdidas durante um tiroteio entre traficantes de drogas e policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região nesta sexta-feira (30) pela manhã. Elas estavam indo para o trabalho e desciam a localidade conhecida como Buraco Quente quando foram baleadas. As vítimas ainda foram levadas para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiram aos ferimentos. Elas foram identificadas como Marlene Maria da Conceição, 76 anos, e Ana Cristina Conceição, 42 anos.
De acordo com o comando da UPP Mangueira, policiais estavam em patrulhamento na manhã de hoje quando foram atacados por criminosos no Buraco Quente. Houve confronto e um grupo interditou as vias de acesso à comunidade.
Protesto
Em protesto contra a morte das duas moradoras, manifestantes atearem fogo a um ônibus. O tráfego de veículos está fechado no Viaduto da Mangueira e também na Rua Visconde de Niterói, em frente ao morro da Mangueira, zona norte do Rio. O ônibus da linha 627 (Inhaúma- Saens Peña) foi incendiado na Avenida Radial Oeste, próximo ao viaduto da Mangueira. Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus, o motorista foi agredido ao tentar evitar o ataque.
A Avenida Radial Oeste que liga o centro à zona norte já foi liberada ao tráfego nos dois sentidos em frente ao morro da Mangueira. A Rua Visconde de Niterói, no pé do morro, está fechada por manifestantes nos dois sentidos.
O Batalhão de Polícia de Choque e outras Unidades de Polícia Pacificadora da região reforçam o policiamento. Há informações sobre um homem ferido que foi socorrido por moradores e levado em um caminhão de gás para o Hospital Municipal Souza Aguiar.
Transporte
Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus informou que, para a segurança dos passageiros e rodoviários, os ônibus que operam nas proximidades da comunidade da Mangueira alteraram o itinerário para a Rua São Luiz Gonzaga e Avenida Radial Oeste.
O ano de 2017 encerra os seis primeiros meses com 65 casos de incêndios criminosos, um aumento de 141% em relação ao mesmo período de 2016, quando 27 ônibus foram queimados.
*texto atualizado às 14h54
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