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Prefeitura de São Paulo entrega obras de restauração dos Arcos da Jandaia

Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 03/07/2017 - 15:05
São Paulo
São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria, reinaugura os Arcos da Rua Jandaia, popularmente conhecidos como Arcos do Jânio, restaurados e sem grafites (Rovena Rosa/Agência Brasil)

São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria, reinaugura os Arcos da Rua Jandaia, popularmente conhecidos como Arcos do Jânio, restaurados e sem grafites Rovena Rosa/Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, João Doria, entregou hoje (3) as obras de restauração dos Arcos da Rua Jandaia, conhecidos popularmente como Arcos do Jânio, na Bela Vista, região central da capital paulista. O conjunto de arcos é tombado como patrimônio histórico da cidade e, com a obra, retornou às suas características originais, com tijolos de calcário aparentes. Antes da obra o local estava decorado com grafites.

Os arcos se constituem de um muro de arrimo feito para conter a encosta da Rua Jandaia, no bairro da Bela Vista, entre 1908 e 1913, composto por 21 módulos, em arcos separados por pilastras. O muro preenche o desnível existente entre as ruas Assembleia, na sua base, e Jandaia, alcançando cerca de onze metros em seu ponto mais alto.

Segundo informações da prefeitura, em 2015, após uma ação popular, o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) contratou arquitetos e historiadores para fazerem um parecer técnico sobre a composição dos Arcos. Com base nesse parecer, o DPH criou um projeto de restauro, que foi encaminhado para análise do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp). Com a aprovação, em março de 2016, foi aberto o processo de licitação para contratar a empresa que fez a obra.

O investimento total do restauro foi R$ 791.011,04, com recursos financiados pelo Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural e Ambiental Paulistano (Funcap), cujas receitas são de dotação orçamentária, doações, legados, rendimentos provenientes da aplicação de seus recursos e, principalmente, das multas aplicadas aos proprietários que descumprem as normas de proteção ao patrimônio histórico, cultural e ambiental estabelecidas na legislação vigente.

De acordo com a prefeitura, foi feita a limpeza de todas as superfícies; a remoção da pintura (superfície de tijolos e guarda-corpo); o registro gráfico e fotográfico do estado de conservação, com mapeamento de danos e patologias identificadas; a conservação das vedações planas (superfícies internas aos arcos), com preparação da superfície, regularização, tratamento de trincas e fissuras; e pintura de acordo com a coloração original; a restauração do guarda-corpo, arcos e pilares; a proteção química do conjunto, com aplicação de velatura em silicato e produto antipichação e a limpeza final.

“A restauração dos Arcos é importante para a valorização de uma tecnologia construtiva pouco conhecida utilizada nos primeiros tipos de construção em São Paulo, que chegou junto com os imigrantes europeus. Os tijolos utilizados na obra são de calcário, que não têm a cor comum de tijolos, são mais acinzentados por conta do tipo de material”, diz a prefeitura em nota.

Segundo o prefeito João Doria, o balanço dos seis primeiros meses de gestão é positivo. “"Fizemos o que tínhamos e o que podíamos fazer em seis meses de muito trabalho e dedicação com programas amplos de bom resultado na área da saúde, na educação, zeladoria urbana, assistência social", disse Doria.

Partido

Questionado sobre a volta do senador Aécio Neves para a presidência do PSDB, depois de o Supremo Tribunal Federal ter restituído seu mandato de senador, Doria ressaltou que respeita o parlamentar, mas entende que neste momento o mais adequado é que ele se afaste do cargo para se dedicar exclusivamente a sua defesa. “Ele tem o direito de se defender e tenho certeza de que o fará muito bem, mas o PSDB precisa seguir sua rota, não pode seguir na interinidade ou numa circunstância na qual o presidente tem que responder pela Lava Jato e ao mesmo tempo pelo PSDB”. Aécio Neves foi flagrado em conversa com o empresário Joesley Batista pedindo R$ 2 milhões para ajudar a custear despesas com a defesa em inquéritos na Operação Lava Jato.

Doria disse não considerar as duas situações compatíveis e acredita que o melhor para o partido seria que o senador Tasso Jereissati, que assumiu a presidência do partido interinamente em maio, se tornasse o presidente efetivo. Ele defendeu também a realização de uma convenção nacional, até maio do próximo ano, para eleição não só de um novo presidente como de toda a executiva do PSDB, dando espaço inclusive para prefeitos e governadores.