Taxistas do Rio protestam contra Uber e 99 Pop
Taxistas do Rio de Janeiro estão reunidos hoje (27) pela manhã em frente ao prédio da prefeitura para reivindicar que o poder público não regulamente o transporte de passageiros em carro particular, como nos serviços oferecidos por empresas como Uber e 99 Pop. O protesto reúne cerca de dois mil taxistas. Muitos vestem camisas amarelas, em alusão à cor oficial dos táxis da cidade.
O trânsito está congestionado na Avenida Presidente Vargas. As alças de acesso que saem do Centro de Convenções Sulamérica e do Túnel Rebouças foram fechadas. O clima está tenso e a polícia jogou algumas bombas de efeito moral, mas a manifestação não dispersou. Mais taxistas se deslocam da Zona Sul para participar do ato.
Segundo o Sindicato dos Taxistas Autônomos do Município do Rio de Janeiro, a categoria pede fiscalização nos aplicativos e em estacionamentos irregulares próximos aos shoppings, aeroportos, eventos, shows e da Rodoviária; descredenciamento do Easy e do 99, que, segundo o sindicato, operam na mesma plataforma que o aplicativo de carro particular; e a prorrogação do prazo de vida útil dos veículos de 6 para 8 anos, o que já foi atendido pela prefeitura, com o Decreto 43.465/2017 publicado ontem no Diário Oficial do município.
O prefeito Marcelo Crivella recebeu representantes dos taxistas ontem e disse que estuda formas de regulamentar os serviços de transporte por táxi e carros particulares que utilizam aplicativos para smartphone.
O Uber informou que não vai se pronunciar sobre a manifestação de hoje dos taxistas, pois está operando no Rio de Janeiro com base em uma medida liminar da Justiça.
Em nota, o aplicativo 99 informou que respeita o direito constitucional da liberdade de expressão e manifestação dentro dos limites legais e da ordem pública. “ A 99 defende regulamentações no âmbito municipal que equilibrem o mercado, prezem pelo bem-estar de passageiros e motoristas e tragam soluções inteligentes para a mobilidade urbana. A empresa opera com base na Política Nacional de Mobilidade Urbana, que reconhece a legalidade do transporte privado remunerado de passageiros em todo o território nacional”, diz a nota.
*texto atualizado às 19h03