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Em carta, Nuzman pede afastamento da presidência do COB

Ele foi preso na quinta-feira (5), acusado de envolvimento num esquema
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 07/10/2017 - 17:43
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, durante a Conferência 100 dias de Paz, que busca refletir sobre o potencial do esporte para a promoção da paz e do
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, pediu o afastamento do cargo. Ele foi preso provisoriamente na quinta-feira (5), acusado de envolvimento num suposto esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional (COI) para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos 2016.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal prendeu o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, investigado por envolvimento em suposto esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional para

Nuzman foi preso pela Polícia Federal na última quinta-feiraTânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil

O pedido foi confirmado na tarde de hoje (7) pelo COB, em nota no site da entidade, e também pela assessoria de imprensa da defesa de Nuzman. A carta assinada pelo presidente traz a data de ontem (6). O comunicado será analisado em assembleia geral extraordinária do comitê, marcada para a próxima quarta-feira (11), às 14h30, na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

Na carta, Nuzman diz que não pode deixar que as investigações sobre ele atinjam o “esporte olímpico brasileiro, seus dirigentes e, especialmente, os atletas”. O presidente do COB diz que as acusações contra ele são injustas e que defenderá sua honra e provará sua inocência perante o Judiciário, os desportistas do mundo inteiro, aqueles que o acusam e “outros que se omitem” e os dirigentes do esporte olímpico mundial.

“Para exercer em sua plenitude o meu direito de defesa, até agora violado, afasto-me, a partir desta data, dos cargos de presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e de membro nato da Assembleia Geral do Comitê Olímpico Brasileiro. Afasto-me, também, do cargo de presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016”.

Ele termina a carta informando que o afastamento será “pelo tempo que se fizer necessário” para a “completa, inquestionável, exoneração de qualquer responsabilidade pela prática dos atos que, indevida e injustamente” são a ele imputados. “Somente assim, entendo, poderei dedicar-me ao sagrado direito de defesa, trazendo a necessária tranquilidade para a correta administração do esporte olímpico brasileiro e, logicamente, não interferindo no aperfeiçoamento e desenvolvimento de seus atletas”.

Ontem, o Comitê Olímpico Internacional (COI) suspendeu o COB e Nuzman provisoriamente de suas atividades junto à entidade internacional e os advogados de defesa pediram que ele seja solto.