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Justiça do Rio autoriza transferência de Rogério 157 para presídio federal

O traficante foi preso no dia 6, durante operação das forças de
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 12/12/2017 - 20:41
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - As forças de segurança do Rio prenderam na favela do Arará, zona portuária, um dos traficantes de drogas mais procurados da cidade, Rogério Avelino de Souza, o Rogério 157 (Tânia Rego/Agencia Brasil)
© Tânia Rego/Agencia Brasil
Rio de Janeiro - As forças de segurança do Rio prenderam na favela do Arará, zona portuária, um dos traficantes de drogas mais procurados da cidade, Rogério Avelino de Souza, o Rogério 157 (Tânia Rego/Agencia Brasil)

Prisão  de  Rogério  157   Tânia  Rego/Arquivo/ABr

O juízo da 20ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou hoje (12) o pedido de transferência do traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, para um presídio federal de segurança máxima fora do Rio, atendendo a pedido da Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Rogério 157 foi preso no dia 6 deste mês, durante operação das forças de segurança do estado, com apoio das Forças Armadas na comunidade do Arará, zona norte da cidade.

O traficante está no presídio Bangu 1, no Complexo de Gericinó, e o pedido de transferência foi feito pelo secretário de Segurança, Roberto Sá, com a finalidade de dificultar a comunicação dele com parceiros de sua facção criminosa. Hoje, o secretário chegou a afirmar que poderá rever o pedido de transferência de Rogério 157, caso este tenha interesse em fazer delação premiada.

A decisão que autoriza a transferência tem validade de 360 dias, mas o prazo poderá ser estendido em caso de interesse da segurança pública.

A partir de agora, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça e Cidadania, é que vai indicar a unidade do sistema prisional federal que receberá Rogério 157.

O traficante passou a ser o criminoso mais procurado do Rio desde o dia 17 de setembro, quando começou a guerra entre a facção comandada por ele e um antigo parceiro, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, pelo controle da venda de drogas na comunidade da Rocinha, em São Conrado, zona sul da cidade.

Contrariado com as ações de Rogério 157 no comando do tráfico na comunidade, Nem, de dentro de uma penitenciária federal fora do Rio, onde cumpre pena desde 2011, determinou a invasão da favela para expulsar seu principal aliado. Rogério 157 não acatou as ordens e começou a expulsar e matar traficantes aliados de Nem, dando início à guerra na Rocinha. Ele inclusive se aliou a outra facção criminosa deixando o gripo “Amigos dos Amigos” e ligando-se ao Comando Vermelho.