Blocos afro dão toque étnico ao carnaval de Salvador neste sábado
![Mateus Pereira/Gov-BA Salvador - O tradicional bloco afro Ilê Ayiê nas ruas da capital baiana (Mateus Pereira/Gov-BA)](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Salvador - O tradicional bloco afro Ilê Ayiê nas ruas da capital baiana (Mateus Pereira/Gov-BA)](/sites/default/files/atoms/image/1067082-deusa%20do%20%C3%A9bano%20il%C3%AA%202017.jpeg)
O tradicional bloco afro Ilê Ayiê desfila nas ruas da capital baiana
Um dos momentos mais aguardados do carnaval de Salvador acontece na noite deste sábado (12): a saída do bloco afro Ilê Aiyê, do Terreiro Ilê Axé Jitolu, conhecido como “O Mais Belo dos Belos”. Os blocos afros são responsáveis por levar para a avenida uma mistura de cores, ritmos e fé, com inspiração na ancestralidade africana.
Este ano, o bloco afro mais antigo do país desfila a partir das 22h, saindo do bairro do Curuzu em direção ao Circuito Osmar (Campo Grande e Avenida Sete de Setembro). Como manda a tradição, o Ilê é aberto por uma cerimônia religiosa em reverência aos orixás, com a abertura de caminhos para dar início à passagem da agremiação pelas ruas do bairro da Liberdade, com movimentos e letras que exaltam o orgulho de ser negro.
Esse ano, o Ilê Aiyê adotou o tema: “Mandela, a Azânia [nome aplicado informalmente à África do Sul] celebra o centenário do seu Madiba”, em homenagem a Nelson Mandela. Essa é a segunda vez, em 44 anos, que o bloco - que reúne, aproximadamente, três mil associados - homenageia Mandela.
Ícones carnavalescos
Além do tradicional desfile do Ilê, também ganham as ruas da capital soteropolitana hoje os blocos Olodum e Filhos de Gandhy, do Pelourinho; Muzenza, da Liberdade; Malê Debalê, de Itapuã; e o caçula Cortejo Afro, do Conjunto Pirajá I.
Horas antes da passagem do Ilê, o bloco Malê Debalê desfila no Circuito Osmar (Campo Grande), por volta das 19h30, com o tema de valorização da mulher; "Nzinga, Jokanas e Francisca: um poder feminista". O objetivo do bloco é conscientizar a sociedade sobre o respeito ao gênero feminino, com exemplos de mulheres que vão desde a Rainha de Angola, Nzinga; às índias baianas representadas pelas pataxós, Jokanas; e à mulher de Itapuã com uma figura icônica, Dona Francisquinha.
Já o bloco Muzenza passa pelo Campo Grande por volta das 20h30, com o tema "A América dos ritmos africanos", que exalta a ligação entre os dois continentes. Cerca de 2.500 pessoas vão desfilar pelas ruas do Centro com as diversas alas do bloco, como a das baianas.
Ao todo, 39 entidades carnavalescas ligadas ao movimento afro serão apoiadas pela prefeitura neste ano, com um aporte de R$ 1 milhão. As agremiações que receberam maior apoio foram Ilê Aiyê, Muzenza, Olodum, Filhos de Gandhy, Malê Debalê e Cortejo Afro.
Atrações
Neste sábado, 50 atrações estão programadas nos dois principais circuitos da festa em Salvador: Dodô (Barra-Ondina) e Osmar (Campo Grande-Avenida Sete). No circuito Dodô desfilam os blocos de Bell Marques, Preta Gil, Léo Santana, Timbalada, Alinne Rosa, Psirico, Luiz Caldas e Pablo.
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