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Intervenção começa inspeção nos batalhões da Polícia Militar no Rio

Segundo o general Mauro Sinott, o objetivo é identificar as
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 14/03/2018 - 12:36
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Chefe do Gabinete de Intervenção Federal, general Mauro Sinott, faz primeira inspeção a uma unidade policial militar no Batalhão de Bangu (14º BPM) (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
© Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro - Comitiva liderada pelo chefe do Gabinete de Intervenção Federal, general Mauro Sinott, faz primeira inspeção a uma unidade policial militar no Batalhão de Bangu (14 BPM), em Gericinó, zona oeste

Rio de Janeiro - Chefe do Gabinete de Intervenção Federal, general Mauro Sinott, inicia inspeção no Batalhão de Bangu (14º BPM) (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro começou hoje (14) o trabalho de inspeção em unidades da Polícia Militar e Civil do estado. Pela manhã, a comitiva liderada pelo chefe do gabinete, general Mauro Sinott, vistoriou o Batalhão de Bangu (14º BPM), em Gericinó, na zona oeste da cidade.

Em declaração à tropa, Sinott explicou que o objetivo é fazer um diagnóstico das áreas funcionais, para identificar as dificuldades e resgatar a capacidade operacional da unidade.

“Viemos na ponta da linha do batalhão para identificar gargalos que possam interferir na operacionalidade. Vamos passar o dia inteiro conversando e confrontando as informações que recebermos e, de posse dessas informações, vamos verificar in loco nesse batalhão como essas dificuldades estão refletidas na ponta da linha”.

Ele detalhou que a intervenção vai trabalhar dois grandes eixos, sendo um as ações estruturantes, para resolver gargalos da Polícia Militar, e o outro em ações emergenciais, com as operações para buscar no curto prazo a sensação de segurança para a população.

“O responsável por essa sensação de segurança é a Polícia Militar. Durante um tempo vamos trabalhar juntos para, depois, a PM retomar sua capacidade e trabalhar sozinha. Hoje é um dia marcante, porque é o primeiro batalhão que acompanhamos de perto. Vamos visitar outros e contamos com a compreensão dos senhores para clarear e aproveitar nosso trabalho”.

O general não falou com a imprensa. O porta-voz do gabinete, coronel Roberto Itamar, explicou que será feita uma inspeção por semana a unidades das polícias Militar e Civil. Segundo ele, a inspeção começou pelo 14º Batalhão por causa da proximidade com a Vila Kennedy, onde as Forças Armadas têm feitos diversas operações desde a semana passada. Roberto Itamar adiantou que o modelo usado no local servirá como piloto para outras ações da intervenção.

“A Vila Kennedy é neste momento uma prioridade das ações da intervenção federal, já que se tornou, em função de vários acontecimentos que envolveram a ação iniciada na última semana naquela localidade. Foi uma questão de oportunidade, já que quando a intervenção foi assinada, a operação que aconteceria em seguida, pela GLO [Garantia da Lei e da Ordem], que já vinha planejada. Essa operação deu início a uma série de ações e mesmo reações por parte da criminalidade que conduziram a uma prioridade dessa área da Vila Kennedy”.

Sobre a declaração feita na terça-feira (13) pelo presidente Michel Temer, de que a intervenção pode ser interrompida em setembro para que o Congresso Nacional possa votar a reforma da Previdência, o coronel disse que o interventor federal foi nomeado por decreto do presidente e, enquanto durar a intervenção, o gabinete vai “trabalhar com toda a dedicação e com todo o interesse para apoiar as ações na área da segurança pública do Rio de Janeiro”.

“Vamos realizar o que for necessário, solucionar os problemas que têm para ser solucionados e que estejam alcance de ser solucionados, independentemente do tempo que dure essa intervenção. Se ela for até dezembro, até lá estaremos trabalhando com bastante dedicação tentando alcançar os objetivos impostos. E, no momento que for interrompido, obviamente que essa situação retorna ao normal, e já aí nesse momento esperamos ter deixado para os órgãos da segurança o legado que possa ter continuidade das ações, porque eles estão sendo liderados pelos próprios integrantes das suas instituições”.