Gabinete se reúne para avaliar paralisação de caminhoneiros no Rio
O Gabinete de Gestão de Crise (GGC), instalado hoje (25) pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro para monitorar a greve dos caminhoneiros, está reunido pela primeira vez para avaliar as medidas que devem ser tomadas e acompanhar as movimentações nas rodovias do estado. A reunião ocorre na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, região central do Rio.
Entre os participantes estão os secretários estaduais de Segurança e de Saúde, o comandante-geral da Polícia Militar e o chefe da Polícia Civil, além de representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF),da Prefeitura do Rio e a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp).
O subsecretário de Comando e Controle da Secretaria de Segurança, Rodrigo Alves, informou que o gabinete é composto por todos que foram identificados, neste primeiro momento, como essenciais para o acompanhamento da crise. “O Gabinete de Gestão de Crise tem dentro da sua ativação uma célula de inteligência que alimenta as autoridades de modo a manter a consciência situacional. São gerados relatórios de inteligência ao longo do dia e a ideia é que a gente possa dentro desse conjunto de ações ter a possibilidade de tomar medidas de forma rápida e essenciais para a solução dessa crise”, afirmou Alves, que deixou a sala da reunião para uma breve entrevista aos jornalistas.
O subsecretário disse que, mesmo antes da instalação do Gabinete de Gestão de Crise, a Seseg já vinha acompanhando, com apoio da PRF, as rodovias federais e estaduais que cruzam o estado. Alves afirmou que neste momento não há interrupção total em nenhum ponto das vias, mas admitiu que há bloqueios parciais, que não impedem o fluxo dos veículos.Segundo ele, os principais serviços estão sendo acompanhados com escoltas. “Os principais serviços estão sendo acompanhados, inclusive, tem sido feitas escoltas por parte da Polícia Militar, por parte da Polícia Rodoviária Federal e, assim, permanecerá, sobretudo, aqueles que são essenciais ao serviço e à vida da população”, observou.
Na visão de Rodrigo Alves, as medidas essenciais foram tomadas no aspecto político e, agora, cabe à Secretaria de Segurança acompanhar o desdobramento dessas decisões e caso haja necessidade atuar. “A gente sempre tem como principio básico o diálogo e a negociação. O emprego da força deve ser sempre a última medida”, apontou, acrescentando que, se for necessária será empregada. “A evolução de uma crise pode mudar a qualquer momento, por isso, está instalado o Gabinete de Crise, mas ressalto sempre que o diálogo é o melhor caminho para a solução de qualquer crise”, disse.
De acordo com o subsecretário, a população aguarda a posição dos caminhoneiros. “Foi apresentada a proposta por parte do governo e agora cabe sim aos caminhoneiros e aos representantes dizer se aceitam ou não as propostas apresentadas”, indicou.