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Programa Um Olhar sobre o Mundo debate energia verde do Brasil

Da Agência Brasi
Publicado em 25/06/2018 - 11:54
São Paulo

O controle da produção do petróleo já motivou alguns dos maiores conflitos políticos das últimas décadas. Diante de um futuro ameaçado pelas mudanças climáticas causadas pelo uso de combustíveis fósseis, o mundo está depositando cada vez mais esperanças em energias renováveis como a solar e a eólica.

Para analisar sobre esse e outros temas, Moisés Rabinovici convidou o cientista e presidente do Conselho Superior da Fapesp, José Goldemberg, para participar do programa Um Olhar sobre o Mundo, que vai ao ar na segunda-feira (25/6), excepcionalmente, às 22h15, na TV Brasil.

Goldemberg destaca que o Brasil já tem uma posição de destaque no mercado de energia alternativa.

“Quarenta por cento da energia usada no Brasil vem de fontes renováveis. A espinha dorsal da matriz é baseada nas hidrelétricas. Nesse contexto, também se encaixa o etanol, que é produzido a partir da cana-de-açúcar." Ele afirmou que o etanol já tem tem uma enorme participação no consumo de combustíveis no Brasil.”

No entanto, o cientista lembra que essas fontes de energia não são isentas de problemas.

“Devido a pressões ambientais e sociais, as hidroelétricas que vêm sendo construídas nos últimos anos não têm reservatório, portanto funcionam apenas metade do ano.”

Goldemberg acredita que, no caso do etanol, a produção poderia ser maior.

“A quantidade de etanol que há hoje no mundo, somando Brasil e EUA, representa uma proporção bem pequena do que se usa de gasolina.”

Outras fontes de energia renovável que vêm crescendo no Brasil são a eólica e a solar. Goldemberg diz que a energia eólica é a mais promissora no momento, especialmente no Norte do país. A solar, por outro lado, ainda é incipiente.

“Aqui no Brasil [o uso privado de energia solar] ainda está começando, mas já há cerca de 15 a 20 mil residências que fazem isso.”

Em Um olhar sobre o mundo, Moisés Rabinovici e José Goldemberg também discutem o perigo da proliferação das armas nucleares e o papel da Fapesp como fomentadora de inovação no setor privado através do financiamento de startups.