logo Agência Brasil
Geral

Artista plástico Roberto Camasmie é o entrevistado de Roseann Kennedy

“A arte tem que estar na mão do povo e não só de uma elite”, afirma
Agência Brasil
Publicado em 12/08/2018 - 15:25
Brasília
Artista plástico Roberto Casmamie é o entrevista de Roseann Kennedy
© EBC

Com 50 anos de carreira, o paulista Roberto Camasmie é um dos mais renomados artistas plásticos do país. Descendente de família síria com libanesa, já retratou personalidades como Jaqueline Onassis, Sophia Loren, Catherine Deneuve e a princesa Diana. Além de seus famosos retratos, o artista pinta bonecas, flores, madonas, animais, santas, cidades, paisagens e imprime sua marca numa série de produtos que ficam à disposição para licenciamentos, como abajures, malas, agendas, joias, bolsas e até tupperwares. Para Camasmie, a arte tem que ser popular. “A arte tem que estar na mão do povo e não só de uma elite.”

Aos mais eruditos, que acreditam que a arte é para poucos, Camasmie manda um recado. “A arte não se entende. A arte se gosta ou não. Essa história de parar na frente de um quadro e dizer que não entende nada de arte, é burrice. Ou você gosta ou não da obra.”

Artista plástico Roberto Casmamie é o entrevista de Roseann Kennedy
Artista plástico Roberto Camasmie é o entrevista de Roseann Kennedy - EBC

Em entrevista ao programa Conversa com Roseann Kennedy, que vai ao ar nesta segunda-feira (13), o artista fala da trajetória profissional, do processo criativo e de um projeto de reality show que terá como foco a produção artística. “Eu comecei muito cedo, com 11 anos de idade, criando a Capela Sistina no 'puxado' da casa da minha avó.”

Para Roberto, o processo de criação vem da alma. “Eu comecei sem nenhuma orientação. Eu acho que o artista nasce artista, ele não se torna um artista.”

Em sua galeria na esquina da Rua Bela Cintra com a Lorena, região paulistana dos Jardins, as obras de Camasmie ficam sempre à mostra. Com frequência, pedestres e interessados em arte conseguem acompanhar parte de suas produções pelas vitrines. Com bom humor, Roberto revela que já foi plagiado, mas diz não se importar com isso. “Tudo que é plagiado é um sucesso. Porque o sucesso é plagiado. Não me incomoda em nenhum momento. Eu acho que se faz sucesso, tem que ser copiado. Porque se não faz sucesso, ninguém vai querer copiar. Eu acho ótimo isso!”

Do nanquim ao tecido, utilizando vários elementos inusitados em suas obras como vinho, chocolate e o singelo lápis de cor, Camasmie é incansável e brinca com a sua própria compulsividade quando se trata de criar novas obras. “Eu preciso é parar um pouco de criar. Porque não tenho mais espaço. São quatro, cinco, seis obras por dia. Porque são peças grandes que eu produzo. Mas eu acho que a minha vida é essa.”

O programa Conversa com Roseann Kennedy vai ao ar na TV Brasil, às segundas-feiras, às 21h15.