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Witzel ainda não definiu se pedirá extensão da GLO no Rio

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/11/2018 - 19:55
Rio de Janeiro
 O governador eleito, Wilson Witzel (PSC) fala à imprensa após reunião com o interventor federal, general Braga Netto, no Centro Integrado de Comando e Controle.
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que ainda não definiu se pedirá a reedição do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para o próximo ano. A medida atualmente em vigor e que permite a utilização de efetivos das Forças Armadas no policiamento do estado se extingue em 31 de dezembro deste ano. Witzel se reuniu nesta segunda-feira (19) com o interventor da segurança no Rio, general Braga Netto.

“Eu ainda não tomei esta decisão. Eu dependo de concluir a transição para poder chegar, no final de dezembro, anunciar o nosso plano de segurança. E aí sim, decorrência das medidas que vamos tomar, com os secretários que eu já escolhi, levar ao presidente da República as nossas necessidades”, explicou Witzel.

Atualmente, as Forças Armadas disponibilizam 18 mil militares ao estado do Rio, sendo que, por dia, atuam cerca de 4 mil homens, em operações de cerco, patrulhamento e revistas. Com o fim da GLO, esses militares voltam aos quartéis e só podem retornar às ruas em missões de patrulhamento com a edição de uma nova medida.

“A GLO é uma situação bem específica. Então, o que eu tenho de fazer agora é ver a necessidade de manter por mais seis meses, ou não. Mas eu preciso conversar com o presidente da República eleito. Tudo depende da necessidade”, disse Witzel.

Segundo o governador eleito, Braga Neto lhe garantiu haver o empenho de R$ 1 bilhão em verbas federais para a compra de equipamentos, até 30 de julho de 2019. A verba inclui armamentos, munições, viaturas e três helicópteros, sendo um para o Corpo de Bombeiros e dois para a Polícia Civil.

“Eu tenho certeza de que, a partir de 1º de janeiro de 2019, as nossas forças policiais terão plenas condições de assumirem o patrulhamento das ruas e a investigação. Estamos adquirindo mais equipamentos e a tropa está com outra motivação, em razão do trabalho que foi feito na intervenção, de reorganização do terreno. Todas essas questões estão se refletindo nos índices de criminalidade, que estão sendo reduzidos”, declarou Witzel.

Segundo ele, a convocação de novos concursados para a Polícia Militar – além dos 500 já chamados no atual governo e que estão começando o curso preparatório – dependerá do orçamento a ser votado na Assembleia Legislativa (Alerj).