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Mais de 20 toneladas de peixes mortos são tiradas da Lagoa no Rio

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 21/12/2018 - 12:33
Rio de Janeiro
A Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) recolhe toneladas de peixes mortos da Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro. A mortandade atingiu principalmente as savelhas, peixes mais fracos quando falta oxigenação na água.
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) retirou ontem (20)  21,8 toneladas de peixes mortos da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio de Janeiro.

O trabalho começou às 8h da manhã de quinta-feira e deve prosseguir durante todo o dia de hoje (21) até que cesse a mortandade de peixes. Até as 11h de hoje, 252 garis e 29 agentes de limpeza urbana foram mobilizados.

A Agência Brasil ouviu ontem o biólogo Mario Moscatelli, que estuda as lagoas do Rio, para entender o fenômeno. Ele avalia que o forte calor na cidade contribuiu para a tragédia ambiental, mas que este não foi o único fator da mortandade.

Moscatelli disse que caminhou ontem pelo entorno da Lagoa e reparou que parecia que os cardumes estavam em banho-maria. “A água estava quente, extremamente quente, e água quente não é muito bom, porque ela reduz a concentração de oxigênio”, disse.

Em nota divulgada ontem, a Secretaria de Conservação do Município do Rio (Seconserva) informou que os órgãos ambientais estão em alerta e confirmou a redução dos níveis de oxigênio na água.