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Ataque contra Martha Rocha foi tentativa de assalto, diz delegado

Segundo ele, não é possível afirmar que se trata de atentado
Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 17/01/2019 - 06:36
Brasília

O delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios (DH) da cidade do Rio, disse que, diante do que foi apurado até agora do ataque a tiros ao carro da deputada estadual Martha Rocha (PDT-RJ), houve, sim, tentativa de latrocínio.

“Este delineamento é importante neste momento, pois dependíamos desta certeza para a continuidade dos trabalhos investigativos e a aplicação dos protocolos corretos”, afirmou à Agência Brasil. Segundo ele, não é possível afirmar que trata-se de uma tentativa de homicídio.

Rio de Janeiro - A presidente da Comissão de Segurança Pública da Alerj, deputada Martha Rocha, fala após reunião com o interventor federal, general Braga Netto (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Martha Rocha estava no carro com a mãe, de 88 anos, no momento do ataque Tomaz Silva/Agência Brasil

Segundo o delegado, as imagens do momento em que houve o ataque ao carro da deputada, divulgadas nessa quarta-feira pela Polícia Civil, comprovam esta conclusão. “As imagens divulgadas não deixam nenhuma dúvida da dinâmica delitiva e, em especial, o momento exato em que o veículo da vítima foi escolhido pelos autores.”

Ataque

O carro da deputada de 59 anos foi alvejado, no domingo (13), no bairro da Penha, zona norte do Rio. Ela estava a caminho de uma igreja, em companhia da mãe de 88 anos. No dia do crime, Martha Rocha declarou que chegou a ver um homem vestido de preto que segurava um fuzil. Ele estava com parte do corpo para fora na janela do carona do carro que emparelhou com o seu.

Para o delegado, o roubo do carro só não se completou, porque o motorista de Martha Rocha, o subtenente reformado da Polícia Militar Geonísio Medeiros, foi ágil e conseguiu sair do local em velocidade. “O crime de roubo não ocorreu por circunstâncias alheias à vontade dos autores, representado pela perícia do motorista da vítima, o qual conseguiu fugir da abordagem criminosa”, observou.

O delegado disse ainda que a DH está atuando com prioridade no caso, mas não há prazo para a conclusão das investigações. Em fevereiro de 2011, Martha Rocha que é também delegada, se tornou a primeira mulher a chefiar a da Polícia Civil do Rio. Em outubro de 2018, foi eleita para o segundo mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.