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Moradores de Muzema protestam contra desocupações

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/06/2019 - 23:06
Rio de Janeiro
Prefeitura inicia trabalhos de demolição de dois prédios no condomínio Figueiras do Itanhangá, em Muzema, no Rio de Janeiro.
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Moradores da Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro, fizeram manifestação contra a desocupação dos prédios nesta quinta-feira(27). As denúncias apontam para a ação de milicianos na construção irregular de imóveis na localidade.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação (SMIH) informou que recebeu uma comissão de moradores da Muzema ontem. No encontro, segundo o órgão, foi explicado a eles que as ações de demolição seguem determinações judiciais e que há risco estrutural nas edificações. “As estruturas têm risco iminente de desabamento e o solo apresenta risco geotécnico grave. Cabe lembrar que a não desocupação anterior, impedida pela justiça, provocou o desabamento de dois prédios”, apontou em resposta à Agência Brasil.

A Coordenadoria Geral de Operações Especiais (CGOE), da Secretaria Municipal de Conservação do Rio de Janeiro, já demoliu quatro prédios em Muzema. Em abril deste ano, dois edifícios desabaram, causando a morte de 24 pessoas. Todos esses imóveis eram considerados irregulares. A pasta, também, informou à Agência Brasil, que ainda trabalha na demolição da quinta edificação irregular com risco de colapso na região. Na próxima semana, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação vai começar as demolições de outros seis prédios, cujos moradores já foram notificados. “O prazo final para a desocupação das 45 unidades [apartamentos] que ainda estavam ocupadas expira sexta(28)”.

Conforme a secretaria, as ações de demolições têm por objetivo garantir a integridade dos moradores, coibir o avanço de construções irregulares e garantir o restabelecimento da área de preservação ambiental.

A secretaria acrescentou que tem projeto de construções de unidades do Programa Minha Casa Minha Vida numa área legalizada próximo à Muzema, nas faixas de renda que atendam às famílias do local. “Esse projeto está sendo negociado pela prefeitura com o Governo Federal”, completou.