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Ministros do Brics discutem parcerias em tecnologias digitais

Jonas Valente – Repórter Agência Brasil
Publicado em 14/08/2019 - 18:07
Brasília
Os representantes da China,Chen Zhaoxiong, Russia, Mikhail Mamonov ,Brasil, Marcos Pontes,Índia, Amit Yadav  e África do Sul, Stella Ndabeni-Abrahams, durante coletiva de imprensa
© Marcello Casal JrAgência Brasil

Os ministros das comunicações dos países que integram o Brics – Brasil, China, África do Sul, Rússia e Índia – divulgaram hoje (14) uma declaração com intenções de parcerias para iniciativas nas áreas de comunicação, informação e tecnologias digitais. O documento foi resultado de um encontro com os representantes dos Executivos de cada nação em ministérios e outros órgãos de governo que atuam no setor.

Os ministros destacaram o papel das tecnologias digitais para o desenvolvimento da economia digital como instrumentos para “aumentar a eficiência na administração pública” e “promover a competitividade e a produtividade no setor privado”. Com vistas a fomentar essas melhorias, os ministros elencaram diversas áreas de trabalho conjunto.

A primeira delas é a oferta de conectividade a quem ainda não tem acesso à web. No mundo, este patamar ainda está próximo de 40%. Os países do bloco também vivem essa situação de exclusão, especialmente dada as grandes populações e extensões territoriais de cada nação integrante. Neste sentido, o documento sugere a ampliação do acesso à banda larga como elemento importante para um crescimento inclusivo.

Outra área de parceria entre os países seria a adoção de novas aplicações tecnológicas para diferentes finalidades. Neste sentido, os representantes apontaram como exemplo levar conexão para o campo e aplicar tecnologias digitais em atividades agrícolas. Eles também destacaram a implantação de novas redes de comunicações móveis em alta velocidade, conhecidas como 5G.

No tema de segurança, o documento reforça o intuito de “fortalecer arcabouços de segurança robustos em economia digital". A ministra das comunicações da África do Sul, Stella Ndabeni-Abrahams, ressaltou as mudanças profundas deste tipo de tecnologia e a importância da cooperação entre os países para trocar boas práticas e construir apoio mútuo voltado à favorecer a disseminação dessas redes nos países do bloco.  

“Historicamente tivemos modelos orientados por infraestrutura de redes. O 5G está ligado à organização de plataformas para acesso e serviços, não apenas redes. Isso envolve todo um ecossistema com atores e soluções técnicas. Precisamos consolidar esforços e compartilhar recursos em parcerias que geram impacto profundo”, defendeu.

O vice-ministro de Indústria e Tecnologia da Informação da China, Zhaoxiong Chen, foi em direção semelhante e lembrou que o ecossistema do 5G está vinculado também à proliferação de ambientes conectados por meio da Internet das Coisas. “O 5g não está somente conectando pessoas, mas aparelhos”, afirmou.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil, Marcos Pontes, informou que os representantes recomendaram a criação do Instituto Redes do Futuro, voltado a encaminhar propostas de iniciativas conjuntas dos países do bloco.

"Houve a primeira reunião. Está no começo da operação deste instituto. Ele abre perspectivas muito importantes em termos de possibilidades de parcerias, de implementação de acordos já existentes, de atividades práticas”, declarou Pontes. Segundo o titular do MCTIC, ainda haverá outras reuniões para definir de forma mais detalhada o modo de funcionamento e atuação do instituto.

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