Lamsa calcula danos para cobrar da prefeitura destruição de pedágios
O vice-presidente de Rodovias do grupo Invepar, Eduardo Dantas, ao qual pertence a concessionária Lamsa, disse que ainda não tem condições imediatas de calcular os danos provocadas pelas máquinas da prefeitura do Rio de Janeiro que destruíram as cabines de pedágio da Linha Amarela durante a madrugada. A ação foi feita a patir de uma ordem do prefeito Marcelo Crivella, que esteve pessoalmente no local. Nas primeiras horas de hoje (28), a Justiça determinou que o pedágio deve voltar a ser cobrado e definiu que o município do Rio terá de pagar multa de R$ 100 mil por cada dia com passagem liberada.
“Ainda vamos avaliar o impacto dos danos, o que vai levar algum tempo, que será cobrado da prefeitura. Ainda é cedo para dizer quando a praça de pedágio será restabelecida, mas essa situação deve durar pouco mais de um mês. Isso tudo é um abuso sem respaldo jurídico. O prefeito já tentou levantar a cancela três vezes e conseguimos garantir na Justiça o direito de manter a operação em todas aquelas ocasiões”, disse Eduardo Dantas.
Já o Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou à Polícia Civil, por meio da Coordenadoria de Investigação de Agentes com Foro, na manhã de hoje (28), a realização de perícia na Linha Amarela para avaliar os danos provocados pela ação de agentes da prefeitura nas instalações do pedágio. A medida é necessária para instruir procedimento investigatório instaurado para apurar eventual conduta delituosa por parte do Poder Executivo municipal.
Os peritos da Polícia Técnica estiveram na praça do pedágio, no final da manhã, onde fizeram um levantamento detalhado de tudo o que foi destruído pelas máquinas da prefeitura, como as cancelas, as cabines de pedágio, os vidros onde ficam os funcionários na cobrança do pedágio e a fiação. Até agora, os carros continuam passando com o pedágio liberado nos dois sentidos, após a concessionária ter conseguido uma liminar derrubando a determinação da prefeitura.
O pedágio da Linha Amarela custa R$ 7,50 e é cobrado nos dois sentidos da via expressa, que liga a Barra da Tijuca à Ilha do Governador, no acesso ao aeroporto internacional Tom Jobim/Galeão, com 25 quilômetros (km) de extensão.