Minas Gerais registra 54ª morte em consequência das chuvas
Uma mulher morreu esta madrugada ao ser arrastada pelas águas que abriram uma cratera na Rodovia MG-133, perto da cidade de Tabuleiro, a cerca de 250 quilômetros de Belo Horizonte (MG). É a 54ª morte registrada em Minas Gerais em consequência dos efeitos das chuvas que castigam a Região Sudeste desde o último dia 17.
O alagamento da rodovia fez com que o terreno cedesse, abrindo uma cratera de cerca de 15 metros de extensão onde caíram um caminhão, uma carreta e dois carros. A mulher estava em um dos dois veículos de passeio e foi carregada pela água. Seis pessoas tiveram ferimentos leves.
Segundo a prefeitura de Tabuleiro, o trecho afetado da rodovia ficará interditado por tempo indeterminado, já que não há previsão para o início das obras de recuperação. Motoristas que passarem pela região devem usar rotas alternativas pelos municípios de Piraúba, Guarani, Rio Novo e Coronel Pacheco.
Ainda de acordo com a prefeitura de Tabuleiro, as chuvas desta madrugada causaram outros transtornos. Moradores da comunidade rural Passa Cinco ficaram isolados devido a alagamentos das vias de acesso e inundações. A comunidade de Botafogo também foi atingida pelas águas. Ao menos cinco pontes foram destruídas, e a prefeitura anunciou que solicitará ajuda estadual e federal para recuperar os estragos, sobretudo na Rodovia MG-133.
Boletim
O último boletim divulgado pela Defesa Civil estadual ainda não contabilizava a morte da mulher. De acordo com o informe desta manhã, o maior número de óbitos foi registrado em Belo Horizonte, onde o total de mortos já chega a 13. Em seguida vêm Betim, com seis mortes, e Ibirité e Luisburgo, com cinco, em cada. Ainda segundo o informe, 42 pessoas morreram soterradas e 12 afogadas ou por outras causas, após serem arrastadas pelas águas.
O último levantamento indica que há, em todo o estado, 38.703 pessoas desalojadas, ou seja, que tiveram que deixar suas casas e, provisoriamente, ir para a casa de parentes ou amigos, e 8.157 pessoas desalojadas, que buscaram abrigos, na maioria das vezes improvisados, em escolas ou igrejas.
A Defesa Civil pede que, em caso de chuvas fortes, as pessoas que moram em áreas propensas a alagamentos deixem suas casas e procurem um lugar seguro; evitem transitar ou encostar carros próximos a encostas; monitorem permanentemente as construções erguidas em ou perto de encostas; fiquem atentas ao surgimento de trincas ou rachaduras e evitem movimentar a terra durante o período em que o solo estiver encharcado. Em caso de dúvidas ou de perigo iminente devem pedir ajuda à Defesa Civil.