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Operação apreende 24 celulares em unidade prisional do Rio

Penitenciária abriga principais lideranças do Comando Vermelho
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 16/01/2020 - 17:33
Rio de Janeiro

Inspetores penitenciários da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) apreenderam 24 aparelhos celulares e um smartwatch na Penitenciária Gabriel Ferreira de Castilho, Bangu 3, no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro. O smartwatch é um relógio que funciona como um smartphone, recebendo e fazendo chamadas telefônicas. A penitenciária abriga as principais lideranças do Comando Vermelho, considerada a maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

A ação integrada desta sexta-feira (16) foi realizada em apoio à Secretaria de Polícia Civil que, no mesmo horário, realizava uma grande operação nas comunidades do Salgueiro e Jardim Catarina, em São Gonçalo, comunidades comandadas por criminosos da mesma facção criminosa. A finalidade era evitar que, de dentro da prisão, as lideranças do Comando Vermelho passassem instruções aos comandados das duas comunidades, consideradas as mais perigosas da região metropolitana do Rio.

Operações

A apreensão ocorreu dentro da Operação Asfixia, que ocorre de forma contínua nas instituições penitenciárias do Rio. A operação, realizada pelos próprios inspetores penitenciários, apreendeu no ano passado, 10.286 celulares nas celas e galerias das unidades prisionais do estado.

A Seap informou que vem trabalhando intensamente para combater qualquer tipo de irregularidade dentro das unidades prisionais, com destaque para outras duas operações iniciadas no começo do ano passado: Iscariotes e Bloqueio.

Celulares apreendidos Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio - Divulgação Seap/RJ
Celulares apreendidos Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio - Divulgação Seap/RJ - Divulgação/Seap/RJ

De acordo com a secretaria, a Operação Iscariotes flagrou 23 servidores tentando entrar com objetos ilícitos nas cadeias.

A Operação Bloqueio prendeu115 pessoas tentando entrar com drogas e celulares em cadeias. Nesta ação, foram presas pessoas tentando arremessar drogas e celulares para dentro das unidades; mulher forjando gravidez para não passar no scanner; visitantes levando drogas na bainha da calça, entre outros casos.

Outra medida importante adotada pela secretaria para reforçar a segurança nas unidades prisionais foi o uso de alta tecnologia. Foram adquiridos três drones que estão sendo utilizados nas operações e fiscalizações.