São Paulo cria abrigos emergenciais para pessoas em situação de rua
A prefeitura de São Paulo vai ampliar a rede de acolhimento para pessoas em situação de rua com a implementação de abrigos emergenciais exclusivos para quem está com suspeita de infecção pelo novo coronavírus.
Um dos espaços, na região da subprefeitura Vila Mariana, será utilizado por pessoas já diagnosticadas com coronavírus e que necessitam de isolamento domiciliar.
Outros dois centros de acolhida para a população de rua começarão a funcionar para esvaziar um pouco os já existentes, viabilizando um espaçamento maior entre os beliches.
Durante a semana, ainda serão abertos mais dois centros emergenciais, chegando a cinco as novas unidades com 400 vagas.
Higiene
Outra medida será a instalação de pias na região central de São Paulo, onde se concentra o maior número de pessoas em situação de rua, para que elas possam fazer a higienização como forma de prevenção. A ação é coordenada pela Secretaria Municipal das Subprefeituras.
Por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a prefeitura intensificou as abordagens de pessoas em situação de rua por equipes do Consultório na Rua e Redenção na Rua, que realizam o primeiro atendimento. Profissionais das unidades básicas de Saúde (UBS) também foram capacitados para esse tipo de atendimento.
Na identificação de caso suspeito é realizada uma pesquisa de onde a pessoa em situação de rua dorme e circula. É para identificar contatos e possíveis novos suspeitos.
A pessoa deverá ser encaminhada à unidade de saúde para atendimento e diagnóstico e, em caso de maior gravidade, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) será acionado.
Rede de acolhimento
A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) dispõe de 134 serviços específicos para população em situação de rua. Destes, 89 são voltados ao acolhimento com 17,2 mil vagas.
A secretaria oferece dez núcleos de Convivência para pessoas em situação de rua na cidade, com 3.172 vagas.
Os núcleos têm como objetivo contribuir com a reinserção social dessa população e funcionam durante o dia, servindo refeições, oficinas e atividades que visam a construção de vínculos interpessoais, familiares e comunitários. Dentro dos núcleos, tem-se acesso a banheiros e kits de higiene. São dadas, também, orientações.
Abordagem Social
A equipe do Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas), composta por 600 orientadores, também intensificou as orientações nos cuidados quanto ao contágio do vírus.
Essa equipe realiza buscas 24 horas por dia para identificar pessoas ou famílias em situação de rua e oferecer acolhimento na rede socioassistencial.
A atuação é por meio de escuta qualificada, visando à aproximação, construção e ao fortalecimento de vínculos, atendimentos sociais, orientações e encaminhamentos.
Das 22h às 8h, a abordagem é realizada pela Coordenadoria de Pronto Atendimento Social. As pessoas não são obrigadas a aceitar os serviços oferecidos.
Os encaminhamentos podem ser feitos por meio do Centro Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas), por meio de abordagens realizadas por pelo Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) e por procura espontânea.