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Após piora em indicadores, regiões de SP voltam a fechar o comércio

Só serão permitidos serviços essenciais
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 10/06/2020 - 16:41
São Paulo
O chefe do médico da UTI, Everton Padilha Gomes, examina uma radiografia de tórax de um paciente em um hospital de campo criado para tratar pacientes que sofrem da doença por coronavírus (COVID-19) em Guarulhos, São Paulo
© REUTERS / Amanda Perobelli/Proibida reprodução

Após piora em indicadores relacionados ao número de casos confirmados, óbitos e internações por coronavírus, as regiões de Barretos, Presidente Prudente e Ribeirão Preto, no interior paulista, vão precisar fechar seus comércios novamente a partir de segunda-feira (15).

Essas regiões foram reclassificadas pelo governo paulista e agora entrarão na fase vermelha, a fase 1, de maior restrição de atividades. Ou seja, terão que manter a quarentena, na qual somente serviços considerados essenciais, como de logística, saúde, segurança e abastecimento, poderão funcionar. O governo de São Paulo prolongou o período de quarentena no estado até o dia 28 de junho.

As regiões de Barretos e de Presidente Prudente estavam na fase 3, amarela, chamada de flexibilização, e podiam autorizar até mesmo o funcionamento de salões de beleza e de bares e restaurantes. Já a região de Ribeirão Preto estava na fase 2, laranja, chamada de fase de controle, onde pode reabrir shoppings, comércio de rua, imobiliárias e concessionárias, desde que com limite de quatro horas de funcionamento e limite de 20% do total do público.

Já as cidades compreendidas na região metropolitana do estado, na Baixada Santista e na região de Registro vão passar da fase vermelha (mais crítica) para a laranja (fase de contenção, com menos restrições).

As regiões de Bauru e Araraquara/São Carlos, que estavam na fase amarela ou fase 3, também tiveram que recuar um nível e se encontram agora na fase 2, laranja.

plano são paulo junho
Níveis de restrição de atividades por região de 1 a 14 de junho - Governo do Estado de São Paulo

 

Níveis de restrições de atividades por região a partir de 15 de junho.
Níveis de restrição de atividades por região a partir de 15 de junho. - Governo de São Paulo

Etapas

O governo paulista definiu cinco fases no Plano São Paulo, que prevê a retomada gradual e regionalizada da atividade econômica do estado. As fases do programa vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).

A capital paulista e as regiões de Araçatuba, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté, que estavam na fase 2 de retomada restrita desde o início do mês, mantiveram estabilidade na maioria dos índices. Todas elas vão permanecer na mesma classificação até a próxima atualização de painel do Plano São Paulo, prevista para o próximo dia 17 de junho.

A cada 14 dias, o Plano São Paulo reestuda cada uma das regiões para analisar em que fase elas se encontram, levando em consideração os dados obtidos na última semana, na comparação com a semana anterior. Para determinar em que fase está cada região do estado  paulista, o Plano analisa cinco indicadores: a taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) e quantidade de leitos de UTI a cada 100 mil habitantes, além do número de casos, do número de óbitos e do número de internações registrados nos últimos sete dias. Os anúncios são dados sempre às quartas-feiras, a cada 15 dias. E começam a valer na segunda-feira seguinte.

Se houver melhora nos indicadores, a região sobe de nível, por exemplo. Mas se ocorrer piora, ela pode regredir de fase. Com as mudanças anunciadas hoje (10) pelo governo paulista, nenhuma região do estado conseguiu chegar à fase 3.

Estado

Segundo o governo, o estado paulista vem melhorando seus índices. A média estadual dos últimos sete dias mostrou redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva destinados para o tratamento de coronavírus, que passou de 72,6% para 69,1%, além de aumento na média de vagas por cem mil habitantes de 15,4 para 18,1. No mesmo período, o total de casos e de mortes teve quedas reduzidas, de 1% e 3% respectivamente, mas as internações pela doença subiram em 7%.

O governo vem observando que a contaminação está muito mais acelerada no interior do que na capital. “Há uma tendência em todo o interior de evolução da pandemia e o momento de controle, ao mesmo tempo que na Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Vale do Ribeira a gente registra essa desaceleração”, disse Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional.

O Plano São Paulo pode ser consultado no site saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/planosp/. Já o documento com o resumo do painel atualizado do Plano São Paulo para todas as regiões do estado pode ser consultado na página do governo.