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Comércio no estado de São Paulo deve ter queda de 33% em junho

Recuperação mesmo após fim de restrições deve ser lenta e gradual
Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 04/06/2020 - 16:41
São Paulo
Movimento no Viaduto do Chá em São Paulo durante a quarentena
© 24.03.2020/Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil

O mês de junho deve registrar uma queda de 33% nas vendas do comércio varejista do estado de São Paulo, com prejuízo de mais de R$ 19 bilhões, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da FecomercioSP. Quando avaliado o todo primeiro semestre de 2020, o recuo deve ser de aproximadamente 20%, resultado do fechamento de parte do comércio não essencial nos meses de março, abril e maio.

Segundo apurado pela entidade, a procura por presentes para o Dia dos Namorados deve ser pequena, já que foi registrada baixa intenção de consumo das famílias. “A retomada gradual e faseada em junho, respeitando as condições regionais, deverá se dar de forma muito lenta, em que a grande parte do varejo não está operando de forma plena ao longo do mês, limitando, portanto, as vendas no Dia Dos Namorados”, afirmou a FecomercioSP. 

De acordo com os dados, o segmento de vestuário deve recuar em 67% em junho, com prejuízos em torno de R$ 3,5 bilhões. No acumulado do ano, a queda deve ser de 44%, refletindo também a baixa nas vendas no Dia das Mães.

Segundo a FecomercioSP, o ano de 2020 deve apresentar o pior desempenho do comércio varejista de sua história. A entidade acredita que no pós-pandemia a estrutura do comércio varejista também voltará bem debilitada, com quadro reduzido de funcionários, endividamento, baixa liquidez e níveis de estoques inadequados. 

“A FecomercioSP não espera uma recuperação rápida frente à crise, pois as famílias tiveram suas rendas encolhidas decorrentes das altas do desemprego e do endividamento, com a intenção de consumo drasticamente reduzida e focada apenas em produtos essenciais, como alimentos e remédios, tal como ocorreu na recessão de 2015 e 2016.