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PF investiga contratações milionárias pela Assembleia de Pernambuco

As fraudes somam quase 40 milhões
Karine Melo - Repórter Agência Brasil
Publicado em 30/07/2020 - 10:34
Brasília
Operação Decantação, PF
© Divulgação PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (30) a Operação Coffee Break. Na ação, que dá sequência a investigações iniciadas na Operação Casa de Papel, iniciada em junho de 2020, policiais federais cumprem dez mandados de busca e apreensão, expedidos pela 13ª Vara Federal do Recife. Entre as medidas judiciais, quatro mandados estão sendo cumpridos na Assembleia Legislativa do Estado de  Pernambuco (Alepe), e os demais em residências de alguns envolvidos no Recife, em Gravatá e Ipojuca.

Segundo a PF, as empresas controladas pela organização criminosa identificadas na Operação Casa de Papel vêm sendo beneficiadas há tempos com contratações milionárias efetuadas pela Alepe, que somam quase R$ 40 milhões. Desta vez, a investigação apura a solicitação de vantagem indevida feita por um servidor comissionado da Alepe, que atuava na comissão de pregoeiros e no setor responsável pelos pagamentos, em razão de estar favorecendo internamente essas empresas. O pedido de propina foi travestido de um convite para tomar um café, daí o nome da operação de hoje.

O servidor comissionado e o líder da organização criminosa, que não tiveram a identificação divulgada pela Superintendência da PF em Pernambuco, estão sendo indiciados pela prática dos crimes de corrupção, advocacia administrativa e dispensa indevida de licitação. Foi determinado pelo juiz federal, ainda, o afastamento temporário do referido servidor comissionado de suas funções de pregoeiro bem assim de qualquer atribuição que envolvesse licitações e a execução de contratos.