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Operação conjunta fecha nove serrarias ilegais no Pará

Madeira extraída era vendida sem documentação para outros estados
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 11/12/2020 - 14:25
Brasília
Toras de madeira extraídas ilegalmente da Terra Indígena Manoki apreendidas pelo Ibama (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Policiais federais, militares das Forças Armadas e agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fecharam, hoje (11), nove serrarias instaladas próximas à Terra Indígena do Alto Rio Guamá, no sudeste do Pará.

Segundo a Polícia Federal (PF), os estabelecimentos funcionavam ilegalmente, a serviço de uma organização criminosa que vinha desmatando a região irregularmente. 

A madeira extraída era vendida para outros estados, sem documentação de procedência. E era escoada por meio de um porto clandestino construído de forma improvisada no Rio Gurupi – e que foi interditado.

A Justiça Federal autorizou o cumprimento de 13 mandados de busca e 4 de prisão preventiva no âmbito da chamada Operação Flora Vindicta, que faz parte da Operação Verde Brasil 2, coordenada pelo Ministério da Defesa para prevenir e reprimir crimes ambientais na Amazônia Legal – região que no brasil compreende nove estados (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).

Os mandados estão sendo cumpridos em três cidades paraenses: Mãe do Rio, Capanema e Cachoeira do Piriá, onde funcionam oito das nove serrarias alvo da operação.

Em nota, a PF esclareceu que, “se ao final da investigação for confirmada a hipótese criminal levantada no inquérito policial”, os implicados responderão pelos crimes de organização criminosa, receptação qualificada, falsidade ideológica e crime ambiental. Somadas, as penas podem chegar a 25 anos de prisão, além de multa.