Ter mais tempo para passar com a família e acompanhar de perto o desenvolvimento do filho, de apenas 2 anos. Essas são apenas algumas das vantagens que a analista de marketing curitibana Caroline Akemi Miazaka sentiu após começar a trabalhar em regime de home office, em dezembro do ano passado. “O trabalho presencial exigia toda uma logística diferente minha e da minha rede de apoio para ajudar a cuidar do meu filho. Agora eu consigo acompanhá-lo mais de perto e os avós estão com mais tempo para desenvolver as atividades deles”, comemora.
Esse privilégio só foi possível graças à preocupação que a empresa onde Caroline trabalha tem em auxiliar os funcionários a equilibrar vida profissional e familiar. “Minha coordenadora é uma pessoa muito humana e sempre foca no equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Desde o início da pandemia ela tem nos orientado e organizado a nossa pauta para manter esse equilíbrio. Dificilmente precisamos fazer horas extras e as entregas continuam a acontecer com a mesma qualidade do trabalho presencial”, revela a analista de marketing.
Segundo ela, a startup na qual trabalha tem modelos diferentes de contrato: além do presencial há a opção de um contrato híbrido, no qual o empregado vai trabalhar apenas duas vezes na semana. “Provavelmente quando a pandemia acabar vou optar por esse modelo”, diz.
O home office também foi a melhor opção para Carlos Eduardo Zuchi, o colega de Caroline, conciliar trabalho e família. Segundo ele, agora é possível passar mais tempo com a esposa e os filhos, ajudar as crianças nas tarefas da escola e fazer sua parte nas tarefas domésticas. “Nossa empresa também entende e respeita os funcionários que têm filhos e aceita as interrupções que podem acontecer em reuniões e na rotina”, revela.
E é exatamente para reconhecer o trabalho de empresas como as de Carlos e Caroline que estão abertas, até o próximo domingo (11), as inscrições para Prêmio Melhores Práticas em Equilíbrio Trabalho-Família. A iniciativa tem como objetivo reconhecer as melhores práticas na área desenvolvidas por empresas privadas e estatais do Poder Executivo federal, estadual, distrital ou municipal. “Acreditamos que as empresas precisam ter um olhar mais humano sobre seus funcionários, especialmente em momentos como este que vivemos, de uma pandemia. Muitos estão trabalhando de casa e tendo que se dividir entre os cuidados com a família e o trabalho, especialmente as mulheres. Por isso, a parceria entre empresa e funcionário é essencial para que as relações familiares e profissionais permaneçam saudáveis e produtivas neste período”, afirma a secretária nacional da Família, Angela Gandra.
Os vencedores terão direito ao uso da marca nos meios de comunicação e junto aos fornecedores, prestadores de serviço e clientes. “Esse é um tema muito importante para o governo federal porque quer dizer cuidado com a família. Os benefícios vão muito além de um certificado. Quanto mais empresas participarem e trabalharem para promover ações que equilibrem as relações entre trabalho e família, mais pessoas serão beneficiadas, tanto funcionários quanto empresário”, disse a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.