Mostra fotográfica promove viagem por lares de 12 países
A exposição fotográfica Onde Mora a Esperança, que está em cartaz até 28 de novembro na Casa das Rosas, em São Paulo, faz uma viagem por lares de diversas famílias espalhadas por 12 países, retratando culturas e memórias. A entrada é gratuita.
A mostra, um fragmento do acervo fotográfico de mais de 6 mil fotos da organização Habitat para a Humanidade, reúne mais de 70 imagens registradas por fotógrafos profissionais e amadores que retratam personagens e remetem a uma variedade de etnias e culturas.
“A volta ao mundo que essa exposição nos proporciona é um chamado para refletirmos sobre as nossas diferenças e similitudes, compartilhando o planeta onde moramos. É também um convite para atuarmos na construção de um mundo mais democrático e com justiça social. Os cenários são muitos, mas a esperança nos une em cada sonho, em cada conquista, em cada lar”, disse, em nota, Mário Vieira, diretor-executivo da Habitat para a Humanidade Brasil.
Reflexão
A exposição proporciona pensar o direito à moradia, em que se convida para a reflexão sobre privilégios e a empatia sobre a causa. “Só no Brasil mais de 25 milhões de moradias estão em condições inadequadas de habitação. No cenário global, mais de 20% da população vivem em condições precárias e expostas a riscos de saúde”, informou a Habitat.
Para retratar locais do Brasil, a organização reuniu o trabalho de seis fotógrafos e convidou dois profissionais brasileiros que farão registros inéditos para a exposição, em dois locais onde a organização tem projetos.
Maíra Erlich fotografou áreas rurais no semiárido de Pernambuco, em Riacho das Almas, onde a entidade desenvolve soluções de acesso à água potável há mais de dez anos e, mais recentemente, uma iniciativa que levou banheiros para famílias sem acesso ao saneamento básico.
Já o fotógrafo Rodrigo Zaim retratou famílias da comunidade de Heliópolis, em São Paulo, em que a organização atua para melhorias habitacionais. Zaim também fotografou pessoas em situação de rua no centro da capital paulista, mostrando que o acesso a uma moradia digna ainda está distante de muitas pessoas.