Em 2021, nove em cada dez cuidadores em São Paulo eram mulheres
![Arquivo/Agência Brasil Criança, adoção, Bebê](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
Em 2021, segundo ano da pandemia de covid-19, 90% das pessoas com função de cuidadoras de crianças, idosos, pessoas com deficiência e enfermos eram mulheres, no estado de São Paulo. De acordo com levantamento da Fundação Seade, intitulado Cuidados no Domicílio, o mesmo percentual corresponde à parcela de cuidadores que têm parentesco e dividem residência com aqueles de quem cuidam.
Repete-se a proporção, mais uma vez, quando se trata de mulheres cuidadoras de pessoas com deficiência. Nesse caso, os responsáveis que eram familiares e moravam na casa de quem recebia os cuidados eram 93% do total. Os cuidadores dos enfermos também eram majoritariamente mulheres (84%) e parentes residentes no domicílio (88%).
Já a porcentagem de cuidadores de crianças de até 5 anos de idade sobe e chega a 95%, sendo que a maioria (94%) era parente que residia no mesmo domicílio.
A divisão de gênero se modifica entre cuidadores de idosos. Foram analisadas duas circunstâncias: quando o cuidado envolvia idosos com até 70 anos de idade e quando era dirigido àqueles com 71 anos ou mais. Na primeira situação, as mulheres representavam 73% dos cuidadores e 82% eram parentes residentes no domicílio. No segundo caso, é maior a proporção de mulheres no trabalho de cuidado (84%) e menor em relação ao parentesco (72%), o que pode sinalizar que a tendência é de se buscar uma cuidadora profissional à medida que a idade aumenta.
Do total de cuidadores que compuseram a pesquisa, 7% foram contratado, sendo a maior parte (94%) diretamente pelos moradores do domicílio. Em 5% dos casos, a contratação foi feita por meio de cooperativa ou agência.
Ainda sobre o perfil dos cuidadores, soube-se, por meio da fundação, que 32% deles possuíam curso relacionado aos cuidados ou à área de saúde. O que predomina são cuidadores com idade entre 30 e 59 anos (63%).
Soma de jornadas
Outro ponto em destaque no estudo é que entre 15% e 26% dos cuidadores tinham sob sua responsabilidade mais de uma pessoa. Os maiores percentuais foram observados entre aqueles que tomavam conta de enfermos e de idosos de até 70 anos.
Além disso, o acúmulo de tarefas é algo que os autores do estudo provaram ser parte da realidade dos cuidadores. Quase metade dos cuidadores (44%) também ficava incumbido de afazeres domésticos. Constatou-se também que 16% conciliavam os cuidados com o trabalho no próprio domicílio, 12% trabalhavam fora do domicílio e 14% estavam sem trabalho.
![Reuters/Dawoud Abu Alkas/Proibida reprodução A Palestinian man reacts while riding a horse-drawn cart as he returns to his devastated neighborhood, following a ceasefire between Israel and Hamas, in Jabalia in the northern Gaza Strip, January 19, 2025. REUTERS/Dawoud Abu Alkas TPX IMAGES OF THE DAY](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
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