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UFRJ abre terça-feira exposição sobre futuros da Baía de Guanabara

Com foco na crise climática, mostra enfatizará pesquisa universitária
Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/03/2023 - 11:15
Rio de Janeiro
Espaço imersivo sobre a Baía de Guanabara
© Águas do Rio/Divulgação

A Casa da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) abre na próxima terça-feira (21) a exposição interativa e imersiva Futuros da Baía de Guanabara: Inovação e Democracia Climática. A mostra gratuita ficará aberta até 14 de maio e tem classificação livre para todas as idades. O funcionamento será de terça-feira a sábado, de 9h às 20h; e, aos domingos e feriados, de 10h às 16h. A Casa da Ciência fica em Botafogo, zona sul do Rio.

exposição Futuros da Baía de Guanabara: Inovação e Democracia Ambiental, realizada pelo Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ.
Mostra Futuros da Baía de Guanabara: Inovação e Democracia Ambiental poderá ser visitada até 14 de maio - Divulgação/UFRJ

Com foco na crise climática e abordagem científica, artística e extensionista baseada nos conhecimentos de ponta produzidos pela UFRJ, a exposição destacado a importância da pesquisa universitária e da tecnologia para projetar cenários futuros e buscar soluções para atenuar o problema no Rio de Janeiro, no Brasil e no mundo.

Entre as preocupações, a mostra salienta a elevação do nível do mar, a qualidade da água potável, ameaças à extinção de espécies, principalmente marinhas, como os botos-cinza e a redução de atividades econômicas, turísticas e culturais. A informação foi dada à Agência Brasil pela coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da universidade, Christine Ruta.

Christine disse que a mostra cresceu e está sendo chamada de “mostra expandida” e trata de questões relacionadas aos futuros da Baía de Guanabara. “Nela, há uma sala em forma de cubo, com um filme imersivo, com projeções na parede, no piso e no teto. O público vai ter uma experiência imersiva e se sentir em uma espécie de mini Baía de Guanabara, vivenciando ali, ao mesmo tempo, céu, terra e os ambientes aquáticos, principalmente os marinhos.”

Sorteio

Em paralelo, estão previstas atividades interativas, como debates, oficinas, minicursos, exibição de filmes e apresentação de ecopoesias. “Vão ser bem diversas as atividades oferecidas pela mostra ao público de todas as faixas etárias. E tudo totalmente gratuito”, reforçou Christine. Em parceria com a Marinha do Brasil e a Universidade Federal Fluminense, serão sorteadas visitas guiadas por pesquisadores a um navio laboratório que desenvolve estudos sobre água e sobre espécies.

O sorteio será no dia 9 de maio. As inscrições para agendamento e para o sorteio das visitas podem ser feitas no site da exposição. No mesmo site, pode ser encontrada toda a programação da exposição. Segundo Christine Ruta, centenas de escolas públicas e privadas já estão agendadas. “Eu costumo dizer que quero fila”, afirmou.

Uma das novidades que a exposição traz é o robô Luma, o primeiro desenvolvido no Brasil pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da UFRJ, que opera com facilidade em locais onde mergulhadores não podem atuar, como na área da Antártica. “Para nós, é uma honra expor robô Luma”, disse Christine.

Na área artística, estudantes da Escola de Belas Artes desenvolverão atividades dirigidas ao público infantojuvenil. Christine explicou que as crianças são o motivo do título da mostra, porque representam o futuro. Os pais e responsáveis precisam zelar e acompanhar as crianças para que elas cresçam em volta de bons conhecimentos que, de repente, possam derivar em ações. “Quem não conhece uma criança que se tornou um cientista porque foi a uma feira de ciência?”, indagou Christine.

Para ela, a exposição não deveria ficar restrita aos municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro e sim, envolver todas as cidades do entorno da Baía de Guanabara. Com isso, Christine espera diversificar bastante o público da exposição.

A Região Hidrográfica Baía de Guanabara compreende os municípios de Niterói, São Gonçalo, ltaboraí, Tanguá, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita, São João de Meriti e Nilópolis e, parcialmente, os municípios de Maricá, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Petrópolis, Nova Iguaçu e Rio de Janeiro.

O Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ é o órgão responsável pela política cultural e de divulgação científica da instituição.