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Festival D'Benguela comemora protagonismo das mulheres pretas

Evento no Rio de Janeiro reúne 32 empreendedoras negras
Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 25/07/2023 - 07:02
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ) - Festival D'Benguela comemora protagonismo das mulheres pretas. Divulgação/D'Benguela
© Divulgação/D'Benguela

Dar protagonismo às mulheres pretas, que nesta terça-feira (25) comemoram o Dia Internacional da Mulher Negra Afro-Latina e Caribenha e o Dia de Tereza de Benguela, é o principal objetivo do Festival D’Benguela, que será realizado das 10h às 16h no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab - foto). O museu fica no bairro da Gamboa, zona central do Rio de Janeiro.

Tereza de Benguela, cujo dia é lembrado hoje, viveu no século 18 e foi casada com José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho, até ser assassinado por soldados. Também conhecido como Quilombo do Quariterê, o quilombo ficava na atual fronteira entre o estado de Mato Grosso e a Bolívia. Com a morte de José Piolho, Tereza se tornou a líder do quilombo, que era o maior do estado, e, sob sua liderança, resistiu à escravidão por duas décadas.

Segundo a fundadora do Coletivo Avança Nega, Marcele Oliver, uma das organizadoras do festival, a intenção é fortalecer o empreendedorismo preto e dar visibilidade a essas mulheres. "É um dia para celebrar esse empoderamento”, disse Marcele à Agência Brasil. O evento reunirá 32 empreendedoras da cidade do Rio de Janeiro, que vão expor seus trabalhos como artesãs, estilistas, chefs e trancistas, entre outras profissionais.

 

Prêmio

Durante o encontro, será entregue o Prêmio D’Benguela para afroempreendedoras que se destacam em diversas áreas.

Marcele Oliver informou que a ideia é fazer o festival todo dia 25 de julho, tanto no Muhcab quanto em outros espaços. Ela enfatizou que se trata de um um evento para honrar todas as mulheres negras, tanto as que se foram quanto as que estão chegando. “Teremos um ato em memória de todas as mulheres que foram vítimas do sistema.”

Para Gabriela Azevedo, do Instituto Trança Terapia, outra organização idealizadora do festival, este é um dia de comemoração pelas vidas das mulheres negras e de conscientização da luta de todas elas.

Além do Coletivo Avança Nega e do Instituto Trança Terapia, participaram da organização do festival os grupos As Josefinas - Colab & Espaço Cultural e Mães de Wakanda, com apoio do Muhcab e da prefeitura do Rio de Janeiro.