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Cappelli descarta federalização de caso de médicos no Rio

Ortopedistas foram mortos a tiros em quiosque na Barra da Tijuca
Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/10/2023 - 20:33
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ) 05/10/2023 - Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, da Polícia Civil, no Centro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, disse, nesta quinta-feira (5), no Rio de Janeiro, que não está em pauta a federalização do assassinato a tiros de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, na madrugada de hoje. Um quarto médico baleado está internado em estado estável no Hospital Lourenço Jorge. A polícia busca os envolvidos no crime.

“Estamos desde o início do dia com a nossa equipe da Polícia Federal apoiando a Polícia Civil do estado do Rio com informações de inteligência. A Polícia Federal tem um banco de informações bastante robusto e importante para apoiar as investigações”, disse Cappelli, após dar palestra no Rio Innovation Week 2023.

Sobre uma possível linha de investigação, o secretário executivo afirmou não ser prudente comentar investigações em curso. “A gente tem que ter muita prudência e confiar no trabalho técnico feito pelas polícias. Tenho confiança que a gente vai conseguir avançar. Creio que, em breve, conseguiremos elucidar esse crime inaceitável”, disse

O governador Cláudio Castro, do estado do Rio, receberá, nesta sexta-feira (6), o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no Palácio Guanabara, para tratar do assassinato dos ortopedistas e do apoio do governo federal para o combate ao crime no Complexo da Maré, na zona norte da cidade.

Vítimas

Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, era irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP). Foi médico residente no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) entre 2020 e 2021. Ele fazia parte da Rede D’Or, em São Paulo.

Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, era médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) desde 1992. Fazia parte do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo.

“É com profunda tristeza que a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês recebeu a notícia sobre a morte do Dr. Marcos de Andrade Corsato, membro valoroso e dedicado do nosso corpo clínico e com uma passagem de nove anos pelo nosso pronto atendimento. Sua partida repentina deixa um vazio imensurável em nossa instituição e na comunidade médica como um todo”, diz a nota do hospital. O terceiro médico morto é Perseu Ribeiro de Almeida.