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Países das Américas criam entidade policial integrada

Ameripol terá atuação semelhante à da Interpol
Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 08/11/2023 - 19:24
Rio de Janeiro
Brasília (DF) 25/10/2023 Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino durante fala na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Foto Lula Marques/ Agência Brasil
© Lula Marques/ Agência Brasil

O Brasil e mais 15 países vão formalizar nesta quinta-feira (9) a criação da Ameripol (Comunidade de Polícias das Américas), entidade que terá atuação semelhante à da Interpol, na região das Américas. O ministro da Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse hoje (8) que o objetivo é fortalecer o debate que abrange os países vizinhos.

Dino adiantou que a assinatura de formalização da entidade será realizada em cerimônia no Ministério da Justiça, em Brasília, com a celebração de acordo que envolveu o Ministério de Relações Exteriores e as embaixadas. 

“Esse mecanismo é importante em face da transnacionalização do crime organizado. Então, tema como a lavagem de dinheiro hoje é essencialmente transnacional, que passa por cripto ativos."

O ministro disse que conversou ontem com o presidente da Interpol, que é um policial dos Emirados Árabes Unidos, e que falaram sobre a "intensificação da cooperação policial sobre os crimes cibernéticos em geral, inclusive por intermédio de cripto ativos". Comunidade de Polícias das Américas

Esse é um dos temas prioritários para a constituição da Ameripol tendo como secretário-geral, o diretor-geral da Polícia Federal do Brasil, delegado Andrei Rodrigues”, afirmou, em entrevista no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro.

O ministro Flávio Dino e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, assinaram, nesta quarta-feira (8), acordo de cooperação técnica para criação do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), com foco no combate à lavagem de dinheiro por grupos criminosos e, assim, asfixiar financeiramente tais organizações, especialmente as chamadas narcomilícias.

De acordo com Dino, fatos que acontecem no Brasil repercutem nos países fronteiriços e parte do que acontece lá tem repercussão direta no Rio de Janeiro, por exemplo, e em outros estados.

“Não existe, na nossa visão, bala de prata, santo graal, não existe pedra filosofal, varinha de condão no tema difícil como segurança pública e políticas públicas em geral. Não temos essa ilusão, mas acreditamos que os resultados que estão ocorrendo vão se avolumar em função deste ajuste institucional”, destacou, valorizando também a parceria com o governo do Rio de Janeiro para o combate às narcomilícias.