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Internacional

Ianukóvitch diz que ainda se considera presidente da Ucrânia

*Da Agência Brasil
Publicado em 27/02/2014 - 09:29
Brasília
Viktor Ianukóvitch
© Presidência da Ucrânia

O presidente deposto da Ucrânia, Viktor Ianukóvitch, disse hoje (27) que continua a se considerar chefe de Estado legítimo do país e pediu à Rússia que garanta a sua segurança. Em mensagem ao povo ucraniano, divulgada pela agência russa de notícias Interfax, ele informou que é vítima de ameaças e assinalou que o novo poder em Kiev é ilegítimo.

“Eu, Viktor Fiodorovich Ianukóvitch, dirijo-me ao povo da Ucrânia. Como antes, considero-me chefe legítimo do Estado ucraniano, eleito pela vontade livremente expressa dos cidadãos”, acrescentou no texto. “Têm chegado ameaças de represálias, para mim e para os meus próximos. Tenho que pedir às autoridades da Federação Russa que garantam a minha segurança pessoal perante ações extremistas”.

Fonte próxima das autoridades russas informou que o país respondeu positivamente ao pedido do presidente deposto, garantindo-lhe segurança no território. “Dado que Ianukóvitch se dirigiu às autoridades russas para pedir que garantam a sua segurança pessoal, informamos que esse pedido foi satisfeito em território russo”.

Ianukóvitch destacou que qualquer ordem dada às Forças Armadas e aos serviços de segurança para intervir nos assuntos políticos internos será ilegal e criminosa. Disse também estar determinado a lutar até o fim pelo cumprimento dos “importantes acordos alcançados para retirar a Ucrânia da profunda crise política”, em referência ao acordo que firmou no último dia 21 com a oposição, sob mediação da União Europeia.

“Lamentavelmente, tudo o que ocorre agora na Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia não é legítimo”, insistiu. Ele considerou ser “evidente que o povo do Sudeste da Ucrânia e da Crimeia [zonas que adotam o idioma russo] não aceita o vazio de poder e o que está ocorrendo no país, quando os dirigentes dos ministérios são eleitos por uma multidão em uma praça”.

Ianukóvitch está em local desconhecido desde sábado (22), quando a oposição tomou o poder em Kiev, depois de três meses de protestos.

*Com informações da Agência Lusa