Cerca de 25 mil pessoas protestam contra austeridade em Atenas
Vinte e cinco mil pessoas, segundo a polícia, manifestaram-se hoje (1º) contra a austeridade, em Atenas, em protesto convocado por uma frente sindical próxima ao Partido Comunista.
"Não somos números, merecemos condições de vida humanas", gritaram os manifestantes na Praça Syntagma, em frente ao Parlamento.
Organizações sindicais, representando os setores público e privado de todo o país, juntaram-se para contestar o elevado número de desempregados e "os 500 mil trabalhadores que não recebem há vários meses", de acordo com os cartazes exibidos.
As centrais sindicais dos setores público e privado, Gsee e Adedy, convocaram uma greve geral em 27 de novembro para protestar contra as medidas de austeridade incluídas no orçamento de 2015.
O projeto de orçamento, que deve ser apresentado ao Parlamento até o fim deste mês, prevê um alívio fiscal, mas a política de austeridade e de cortes nas despesas públicas continua.
A Grécia está sob assistência financeira desde 2010, com dois empréstimos concedidos em troca de duras medidas de austeridade acordadas com a troika, formada por credores (o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu).
O resgate europeu termina no fim do ano, enquanto o programa de assistência do FMI deveria continuar até a primavera de 2016, mas Atenas indicou a possibilidade de acabar mais cedo.
Desde 2010, a polícia já registrou mais de 20 mil manifestações no país.