União Africana pede criação de força regional para derrotar Boko Haram
![Agência Lusa/EPA/Tony Nwosu Soldados nigerianos exibem tanque capturado do grupo Boko Haram](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![epa04403951 Nigerian soldiers display one of the captured Boko Haram armoured vehicles as they drive it through Maiduguri, Nigeria, 17 September 2014. The Nigerian military is currently engaged in opperations against Bo](/sites/default/files/atoms/image/nigeria_boko_haram_2.jpg)
Soldados nigerianos exibem tanque capturado do grupo Boko Haram
A União Africana pediu hoje (30) a criação de uma força regional de cinco países, com 7,5 mil integrantes, para combater o aumento de insurgentes do grupo extremista nigeriano Boko Haram.
“O Boko Haram está abusando da crueldade inqualificável, do total desrespeito pelas vidas humanas e da destruição gratuita de bens”, afirmou o comissário da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma. Ele falou após o encontro do Conselho de Paz e de Segurança. “Por isso, é recomendado que os países da região sejam autorizados a aumentar a Força Conjunta Multinacional para 7,5 mil homens”, acrescentou.
Para ele, o Boko Haram é uma ameaça que ultrapassa as fronteiras da Nigéria e a atual crise exige “resposta coletiva, eficaz e decisiva” por parte das nações africanas.
“O terrorismo, em particular a brutalidade dos extremistas do Boko Haram contra o nosso povo, é uma ameaça à nossa segurança e desenvolvimento coletivos”, destacou Nkosazana Dlamini-Zuma, no discurso de abertura da Cúpula da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia.
O grupo Boko Haram quer instaurar um califado no Norte da Nigéria, majoritariamente muçulmano, ao contrário do Sul, de maioria cristã.
A República do Chade, que já apelou à formação de uma coligação de países da região contra o grupo extremista, enviou um contingente militar para os Camarões, país que faz fronteira com a Nigéria, para ajudar a combater os ataques do Boko Haram.
A violência do Boko Haram e sua repressão pelas Forças Armadas nigerianas já causaram mais de 13 mil mortes desde 2009 e cerca de 1,5 milhão de refugiados e deslocados.
Matéria alterada para acréscimo de informações
![Marcello Casal jr/Agência Brasil Acesso internet celular. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)