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Internacional

Polícia diz que autor dos atentados estava no radar do serviço de inteligência

Giselle Garcia - Correspondente da Agência Brasil/EBC na Europa
Publicado em 15/02/2015 - 14:21
Copenhague
ALTERNATIVE CROP - In this photo dated Saturday Feb. 14, 2015, issued by Copenhagen Police believed to show the suspect in a shooting at a freedom of speech event in Copenhagen, in a photo believed to be taken on a str

Polícia dinamarquesa divulga a foto do suspeito de ter matado duas pessoas em Copenhague, no último sábado. Ele foi morto neste domingo ao disparar contra policiaisDivulgação/Polícia de Copenhague

O suposto autor dos ataques que deixaram duas pessoas mortas ontem (14), em Copenhague, era conhecido pela polícia dinamarquesa, afirmou o chefe do serviço de segurança da Dinamarca, Jens Madesen. O homem foi morto por volta de 5h de hoje (15), após disparar contra a polícia no distrito de Norrebro, região noroeste de Copenhague.

Madesen afirmou que o autor dos atentados, que vivia em Copenhague, “deve ter se inspirado pela propaganda militante islâmica feita pelo Estado Islâmico e outras organizações terroristas”. Não há informações, entretanto, se o homem, cujo nome não foi revelado, tinha feito viagens para a Síria ou o Iraque.

O primeiro atentado aconteceu no sábado, por volta de 15h30 (12h30 no Brasil). O homem armado invadiu um café na região de Osterbro, onde estava acontecendo um evento intitulado Arte, Blasfêmia e Liberdade de Expressão. No debate estava presente o artista e cartunista Lars Vilks, ameaçado de morte várias vezes pela autoria de uma caricatura, publicada em 2007, que mostrava o profeta Maomé como um cachorro. Cerca de 40 tiros foram disparados. O diretor de cinema Finn Norgaard, de 55 anos, morreu, e três policiais ficaram feridos. Vilks saiu ileso.

Por volta de 1h de domingo (22h de sábado, no Brasil), tiros foram disparados na principal sinagoga de Copenhague, em Krystalgade, que fica a cerca de três quilômetros do café onde, horas antes, aconteceu o primeiro atentado. Um dos guardas da sinagoga, Dan Uzan, de 37 anos, foi morto com um tiro na cabeça. Dois policias ficaram feridos, mas não correm risco de morte.

A primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, condenou o que chamou de “um ato cínico de terror” e disse que “está feliz e aliviada porque a polícia desarmou o homem suspeito de ser o autor dos atentados”. Ela afirmou que a "Dinamarca viveu horas de terror que não serão esquecidas”.