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Internacional

Primeiro-ministro da Grécia está confiante em acordo com a União Europeia

Giselle Garcia - Correspondente da Agência Brasil/EBC
Publicado em 04/02/2015 - 16:50
Copenhague (Dinamarca)

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, demonstrou hoje (4), durante reuniões em Bruxelas e em Paris, confiança em um acordo com a União Europeia para a renegociação da dívida grega.

Em encontro com o presidente da França, François Hollande, Tsipras pediu que o país assuma um papel de protagonista na mudança da política econômica da Europa. “Temos um programa que pode ser realista, que pode ser colocado em prática com nossos parceiros europeus. Queremos o diálogo; não somos uma ameaça para a Europa, e a mudança política na Grécia pode ser uma oportunidade para a Europa e para a União Europeia [UE]”, disse Tsipras.

Em discurso, Hollande sublinhou a importância da solidariedade entre os países da zona do euro, mas fez questão de ressaltar que a Grécia precisa assumir suas responsabilidades. “Somos responsáveis por uma moeda única, que não pertence a um país, mas a toda a zona do euro. Esforços têm de ser feitos para que essa moeda tenha a estabilidade necessária para ser respeitada [no mercado internacional]”, afirmou.

De manhã, Tsipras reuniu-se, em Bruxelas, com os presidentes das três instituições que integram a União Europeia: Jean-Claude Juncker, da Comissão Europeia, Donald Tusk, do Conselho Europeu, e Martin Schulz, do Parlamento Europeu. Na ocasião, ele disse que buscará uma solução para os problemas econômicos da Grécia sem desrespeitar as regras do bloco europeu.

Tsipras informou que, embora ainda não haja acordo, as negociações entre a Grécia e a União Europeia estão “em um bom caminho”. “Tentaremos fazer nosso melhor para encontrar uma solução comum, viável e mutuamente aceitável para nosso futuro.”

O primeiro-ministro grego e o ministro de Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, fizeram, nesta semana, uma série de reuniões nas principais cidades europeias em busca de apoio para uma renegociação da dívida externa do país, estimada em R$ 700 bilhões.

O recém-eleito governo grego deixou claro que pretende encerrar o acordo atualmente em vigor com a chamada troika, composta pela União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, e negociar uma redução da dívida do país. Varoufakis acredita que, se for dado à Grécia um prazo até o fim do mês para preparar propostas, um acordo realista seria possível seis semanas depois.