logo Agência Brasil
Internacional

Presidente do Uruguai disse que escândalo na Fifa “era previsível”

Da Agência Lusa
Publicado em 31/05/2015 - 14:25
Montevideu
Tabaré Vázquez
© Divulgação/Telam

O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, comentou o escândalo de corrupção que abala a Federação Internacional de Futebol (Fifa). “Era previsível o que iria passar”, disse. Entre os detidos na última quarta-feira (27), está o uruguaio Eugenio Figueredo, um dos vice-presidentes da entidade.

Ao participar do 98º Congresso Anual da Federação Rural do Uruguai, que ocorreu ontem (30) em Artigas, no Norte do país, Vázquez classificou o episódio como "uma tragédia".

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da Fifa, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso que envolve subornos no valor de US$ 151 milhões.

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da Fifa, Eugenio Figueredo, do Uruguai, e Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman, e que é também presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Os demais dirigentes indiciados são o brasileiro José María Marin, membro do comitê da Fifa para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Cayman.

A Fifa suspendeu provisoriamente 12 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, Aaron Davidson e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comitê Executivo da Fifa e informante da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da Fifa.

Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação sobre os Mundiais de 2018 e 2022 na Rússia e no Catar.