China reafirma compromisso de atingir pico das emissões de gases estufa até 2030
O primeiro-ministro Li Keqiang reafirmou o compromisso da China de alcançar o seu nível máximo de emissões de gases de efeito estufa em 2030 ou “antes dessa data”, segundo um comunicado do Conselho de Estado.
Em um encontro da comissão estatal que discute as mudanças climáticas, a conservação energética e a redução das emissões, o primeiro-ministro chinês reiterou que serão feitos todos os esforços para se alcançar o objetivo a que a China se comprometeu no acordo histórico com os Estados Unidos, em 2014.
“Devemos dar a mesma prioridade ao crescimento da economia que à melhoria do ambiente”, disse Li, no encontro realizado na última sexta-feira (12) e cujo teor foi divulgado ontem (13).
O primeiro-ministro chinês não anunciou novas medidas para alcançar a meta, mas afirmou que será imposto “um limite rígido” à expansão das indústrias altamente poluidoras para conseguir um sistema de emissão de baixo carbono.
As declarações foram tornadas públicas pouco antes da realização, no final do mês, de uma nova Conferência do Clima em Paris, a COP-21. Atualmente, segundo dados oficiais, o carvão atende a 66% da demanda energética do país, à frente do petróleo (18,4%) e do gás natural (5,8%).
Em 2014, a China reduziu pela primeira vez em um século o consumo de carvão, o que levou organizações não governamentais como o Greenpeace a estimarem que o pico das emissões poderia ser alcançado “inclusive antes de 2020", se forem realizadas ações "com a determinação necessária”.
No acordo assinado em novembro com os Estados Unidos, a China estabeleceu que suas emissões de gases com efeitos de estufa atinjam o ponto máximo "por volta de 2030", tendo apontado a intenção de “tentar atingir o pico mais cedo" do que essa data.
Foi a primeira vez que a China – o maior poluidor mundial – estabeleceu uma data, ainda que aproximada, para que as suas emissões de gás carbônico parem de aumentar. Por sua vez, os Estados Unidos comprometeram-se atingir, até 2025, uma redução entre 26% e 28% das suas emissões registadas em 2005.