Mercosul tem documento contra tráfico de pessoas e trabalho escravo
Ministros do Trabalho dos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) assinaram hoje (26) uma declaração contra o tráfico de pessoas e o trabalho escravo. Eles também finalizaram uma proposta de declaração sociolaboral que será submetida à apreciação dos chefes de Estado do Mercosul. O encontro foi na sede do Ministério do Trabalho, em Brasília.
No documento, os ministros se comprometem a impulsionar políticas regionais em matéria de prevenção, combate e reinserção das vítimas no mercado de trabalho. “Essas medidas congregam e refletem alguns dos principais desafios contemporâneos do mundo do trabalho, relacionados ao respeito aos direitos humanos e à garantia de condições dignas de vida dos nossos povos”, explicou o ministro Manoel Dias. Também foram abordados temas como migração de trabalhadores, direitos trabalhistas, trabalho decente e igualdade de oportunidades, independentemente de raça, gênero ou deficiência. Os ministros aprovaram, ainda, a criação de um Plano Estratégico Mercosul de Emprego e Trabalho Decente.
“O Brasil tem muito que ajudar e colaborar na construção de políticas públicas do trabalho e emprego para o Mercosul”, disse Dias. “Foi um encontro positivo, porque [entre outros aspectos] a declaração sociolaboral vai ampliar cada vez mais a participação dos trabalhadores na construção de políticas públicas de trabalho e emprego no Mercosul.”
Segundo Dias, a aprovação do documento facilitará a circulação de trabalhadores no Mercosul. “A livre circulação é fundamental, porque os trabalhadores não podem sofrer qualquer restrição na sua locomoção entre os países que constituem o Mercosul. Além disso, alguns avanços estendem a todos trabalhadores do Mercosul benefícios trabalhistas e previdenciários.”
Além de Manoel Dias, participaram da reunião os ministros Júlio Rosales, da Argentina, Guilhermo Sosa Flores, do Paraguai, Ernesto Murro, do Uruguai, e Nestor Ovalles, da Venezuela. Estiveram presentes também representantes dos empregadores e trabalhadores. As propostas agora serão encaminhadas aos chefes de Estado de todos os países-membros do bloco, a fim de serem assinadas em encontro previsto para o dia 17 de julho.