Autoridades internacionais condenam morte de bebê palestino na Cisjordânia
Autoridades internacionais protestaram contra a morte de um bebê palestino em incêndio ocorrido hoje (31), na Cisjordânia, provocado por colonos judeus, segundo as forças de segurança palestinas, e que deixou os pais e o irmão da criança gravemente feridos.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, condenou a morte da criança e criticou o governo israelense pela “impunidade” de que se beneficiam os colonos israelenses que atacam os palestinos. “A continuada incapacidade para pôr fim à impunidade dos repetidos atos de violência cometidos pelos colonos levou a um novo e horrível incidente e à morte de um inocente. Isto tem que parar”, disse Moon.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos também condenou “nos termos mais fortes possíveis” o ocorrido. “Saudamos a ordem dada pelo primeiro-ministro israelense [Benjamin] Netanyahu às forças de segurança para usarem todos os meios à sua disposição para perseguir os autores daquilo que considerou ser um ato terrorista e apresentá-los à Justiça”, disse, em comunicado, o Departamento de Estado.
A declaração norte-americana refere-se à manifestação de Netanyahu, que, em comunicado, condenou o ato. “Estou chocado com este ato condenável e horrendo. Isto é um ato de terrorismo em todos os aspectos.”
O primeiro-ministro israelense também conversou por telefone com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Em um raro contato, ele prometeu a Abbas uma investigação completa sobre o ocorrido. “Temos de lutar contra o terrorismo em conjunto, independentemente de que lado vem”, disse o primeiro-ministro, durante a conversa. Abbas, por sua vez, já anunciou que irá apresentar uma queixa ao Tribunal Penal Internacional (TPI). “Estamos preparando o dossiê que vai ser enviado para o TPI e nada nos vai impedir de apresentar queixa.”
A União Europeia falou em “tolerância zero” para com os atos de violência realizados por colonos israelenses. “Apelamos para a plena responsabilidade, aplicação eficaz da lei e a tolerância zero para com os atos de violência praticados por colonos”, reagiu a porta-voz da chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini.
*Com informações da Agência Lusa
