Jornalista morre quando cobria confrontos entre exército e rebeldes na Síria
O jornalista Zaer al Alayi, presidente do Centro de Informação da Defesa Nacional em Damasco, morreu hoje (27) quando cobria confrontos entre o exército e os rebeldes, no bairro de Yobar, na capital síria, informaram ativistas e a imprensa.
A agência de noticias oficial Sana, que descreveu Al Alayi como corresponsável da emissora Sham FM, explicou que o jornalista perdeu a vida durante a cobertura da operação das Forças Armadas contra “os terroristas takfiri” (muçulmanos radicais) em Yobar, no noroeste de Damasco, sem dar mais detalhes.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) confirmou os dados e acrescentou que junto com o jornalista morreram três integrantes das forças do regime, entre eles dois oficiais.
De acordo com a organização não governamental, Al Alayi seguia com o exército, as forças da defesa nacional – milícias pró-governamentais – e o grupo xiita libanês Hezbollah.
É desconhecida ainda a causa exata da morte, embora o Observatório tenha destacado que o bairro de Yobar é cenário de troca de fogo e de combates entre os efetivos pró-regime e organizações rebeldes de tendência islâmica, entre as quais a Frente al Nsura, filial síria da Al Qaida.
A aviação governamental efetuou hoje no local vinte bombardeios contra os oponentes.
A Síria é considerado o país mais perigoso para os jornalistas, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPP), que contabilizou pelo menos 84 mortos desde 2011, enquanto cobriam o conflito.