Dirigente jihadista reivindica autoria de ataque a hotel no Mali
Um dirigente jihadista, próximo do islamita radical malinês Amadou Koufa e ex-combatente em uma unidade da Argélia, Mokhtar Belmokhtar, reivindicou hoje (11), em entrevista à Agência France Press (AFP), o ataque a um hotel em Sévaré, no centro do Mali, na sexta-feira (7).
O balanço oficial é de 13 mortos, mas segundo o jihadista o ataque deixou 15 mortos.
“A mão de Deus guiou os mujahedin (combatentes da guerra santa) até Sévaré contra os inimigos do Islã. Quinze infiéis e seus cúmplices foram mortos”, disse o dirigente jihadista Souleyman Mohamed Kennen, que integrou em 2012 a ala malinês dos combatentes por Mokhtar Belmokhtar.
O xeique Amadou Koufa também deu a sua bênção ao ataque”, afirmou, em entrevista por telefone à AFP em Bamako, a capital.
Cinco funcionários que trabalhavam para a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Mali estão entre os mortos de um ataque e a tomada de reféns no hotel em Sévaré, no centro do país, informou a ONU.
O ataque ocorreu sexta-feira, quando homens armados invadiram o hotel, onde estavam hospedados vários cidadãos estrangeiros. As forças especiais malinenses combateram o assalto, mas 12 pessoas morreram na operação.
Fonte do governo malinês informou, em comunicado, que sete pessoas ligadas ao assalto foram detidas.
O último atentado contra estrangeiros no Mali ocorreu em março, em um restaurante de Bamako, e fez cinco mortos, dois deles europeus.