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Internacional

Eslovênia admite medidas de urgência para reforçar fronteira com Croácia

Da Agência Lusa
Publicado em 10/11/2015 - 08:09
Ljubljana (Eslovênia)
epa04948397 Hungarian soldiers carry rolls of razor wire fence as they continue construction of a temporary fence at the border between Hungary and Croatia near Zakany, Hungary, 25 September 2015. Hungary continued fencing itself off against refugees. Hungary so far has fenced off around 42 kilometres along Croatia, westwards from the point where the borders of Hungary, Serbia and Croatia meet. Much of the border with Croatia is marked by rivers.  EPA/GYORGY VARGA HUNGARY OUT
© EPA/GYORGY VARGA HUNGARY/Proibida reprodução

O governo esloveno anunciou nessa segunda-feira (9) que poderá tomar medidas de urgência para reforçar a proteção da fronteira com a Croácia, por temer que nova onda de migrantes crie uma situação politicamente intolerável no país.

Em comunicado divulgado ontem à noite, o governo da Eslovênia anunciou que “preparou medidas suplementares de urgência para gerir o fluxo de migrantes, incluindo as necessárias para a proteção das fronteiras [do espaço] Schengen (que permite a livre circulação de pessoas dentro dos países)”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Eslovênia, Karl Erjavec, declarou que entre 20 mil e 30 mil migrantes que se dirigem à Europa Ocidental poderiam chegar esta semana às fronteiras do país, que são parte das fronteiras do espaço Schengen.

“Se for preciso, as medidas serão concretizadas nos próximos dias”, acrescentou o governo no texto, sem explicar porém em que consistem.

A cadeia privada de televisão POP TV informou, citando fontes governamentais, que foi decidida a construção de uma barreira de arame farpado na parte da fronteira com a Croácia, de 670 quilômetros, pela qual passou a maior parte dos 167 mil migrantes que chegaram à Eslovênia em um mês.

A Hungria já fechou duas fronteiras aos migrantes, a da Croácia e da Sérvia, com a instalação de dezenas de quilômetros de barreiras de arme farpado.

Mais de 750 mil refugiados e migrantes já entraram desde o início do ano na Europa, segundo a Organização das Nações Unidas, que prevê a chegada de mais 600 mil pessoas no continente nos próximos quatro meses, por meio da Turquia.