Hillary ataca rival em debate do Partido Democrata
Na corrida para disputar a presidência dos Estados Unidos, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton disse duvidar da proposta de seu rival Bernie Sanders visando a tornar gratuito o atendimento médico em hospitais e o pagamento de matrícula em universidades norte-americanas. “Não devemos fazer promessas que não podem ser cumpridas”, afirmou.
Hillary e Sanders lutam para ser indicados pelo Partido Democrata para concorrer à eleição presidencial dos Estados Unidos, que será realizada em novembro.
Em seu primeiro debate na TV, ontem (11), depois que foi derrotada nas prévias eleitorais por uma diferença de mais de 20 pontos percentuais, Hillary Clinton tentou recuperar a preferência do eleitorado. Uma de suas táticas foi desacreditar Bernie Sanders, que se proclama socialista democrático.
Sanders respondeu que sua proposta é estabelecer novos impostos para os ricos e o sistema financeiro de Wall Street. Segundo ele, esses novos impostos tornariam viável a gratuidade do atendimento médico e da educação superior no país.
A campanha de Hillary tenta montar um discurso dirigido para negros, latinos e mulheres a fim de enfrentar os próximos desafios eleitorais, na Carolina do Sul e em Nevada, onde existem a população é maior e os eleitores têm origem diversificada.
Para os organizadores da campanha de Hillary, Sanders foi beneficiado nas etapas anteriores, em Iowa e New Hampshire, estados rurais e com população majoritariamente branca. Os discursos de Hillary, de amplo apelo social, não têm efeito que possa fazer diferença sobre os eleitores desses estados.
O desempenho de Sanders em New Hampshire rendeu ao candidato ampla cobertura da mídia e uma arrecadação extra de US$ 6 milhões em contribuições online apenas no período de um dia após ter derrotado Hillary.
No debate de ontem, porém, os dois candidatos coincidiram em suas opiniões sobre a questão da imigração nos Estados Unidos. Sanders renovou seu pedido para uma revisão abrangente das leis de imigração. Segundo ele, esse é o caminho da “cidadania para 11 milhões de pessoas em situação irregular no país”. Hillary se comprometeu a buscar novas oportunidades para os imigrantes e menor desigualdade para a população pobre.