Em declaração final, Brics pedem reforma do Conselho de Segurança da ONU
Na declaração final da 8ª Cúpula dos Brics, realizada em Cavelossim, no estado indiano de Goa, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul fizeram um novo apelo por um mundo multipolar (comandado em conjunto por diversos países). As informações são da Agência Ansa.
Aprovado por unanimidade, o documento pede uma “transição rumo a uma ordem internacional mais justa, democrática e baseada no papel central da Organização das Nações Unidas (ONU)”. Por conta disso, os Brics cobram a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas – antiga reivindicação brasileira – para torná-lo mais "representativo e eficiente".
A chamada Declaração de Goa tem 109 parágrafos, dos quais seis abordam a questão do terrorismo. O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pediu para a comunidade internacional agir com “decisão” contra as fontes que financiam e apoiam grupos extremistas.
Sobre a Síria, os Brics cobram a construção de um diálogo nacional e de um processo político “guiado por Damasco” – principal discordância entre Rússia e Estados Unidos em relação ao país árabe. Além disso, os cinco países defendem a convivência entre o Estado Palestino e Israel no Oriente Médio.
Contudo, as discussões durante a cúpula foram dominadas por questões “internas”, como o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), entidade criada pelos Brics para ser uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
A instituição começará a financiar projetos de sustentabilidade em 2017, com previsão de investimentos de US$ 2,5 bilhões. A cúpula de Goa contou com a presença dos presidentes Michel Temer (Brasil), Vladimir Putin (Rússia), Xi Jinping (China) e Jacob Zuma (África do Sul), além do anfitrião Modi.